Reprodução Simulada dos Fatos sobre desaparecimento e morte do menino Miguel ocorre na segunda-feira

Reprodução Simulada dos Fatos sobre desaparecimento e morte do menino Miguel ocorre na segunda-feira

Reconstituição em Imbé, no Litoral Norte, envolverá Instituto-Geral de Perícias, Polícia Civil e Ministério Público

Correio do Povo

Vítima foi carregada na mala até o rio Tramandaí, onde foi jogada na noite de 29 de julho

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A Reprodução Simulada dos Fatos sobre o desaparecimento e morte do menino Miguel será realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), Polícia Civil (PC) e Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) na próxima segunda-feira, dia 8, a partir das 18h, em Imbé, no Litoral Norte. A data foi marcada depois da confirmação da participação da companheira da mãe dele e madrasta da criança.

Conforme o Instituto-Geral de Perícia, o RSF, conhecida como reconstituição, busca verificar se "os fatos podem ter acontecido da forma com que foram narrados pelos participantes. Ela é dividida em três partes: a preparação, quando a equipe estuda o inquérito e as demais perícias realizadas; a oitiva dos envolvidos, realizada na repartição policial; e o trabalho no local dos fatos, quando os participantes narram o que viram para os peritos envolvidos".

De acordo com o IGP, o resultado dessas três etapas é "descrito e analisado em um laudo pericial, com o objetivo de comprovar ou descartar a viabilidade das versões". As conclusões depois são encaminhadas à Polícia Civil, que está conduzindo o inquérito policial para a apuração da morte.

Desde os primeiros dias após o desaparecimento do menino, as equipes do Departamento de Criminalística do IGP estiveram nas duas moradias frequentadas pela vítima em busca de vestígios, como as marcas de sangue que foram identificadas na parede de um dos cômodos.

Houve ainda o recolhimento de objetos, analisados pelo Departamento de Perícias Laboratoriais (DPL). A perícia feita em uma camiseta infantil de cor vermelha revelou que havia sangue da vítima na roupa. Já a perícia realizada na mala, que teria sido usada pelas duas acusadas para transportar o menino até o rio, comprovou que o material biológico pertencia à criança.

A mãe da criança, de 26 anos, e a companheira dela, de 23 anos, permanecem presas após relato da criança ter sido jogada na noite de 29 de julho na beira do rio Tramandaí, em Imbé. Elas foram denunciadas pelo MPRS, sendo acusadas de tortura, homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

A denúncia oferecida pelo MPRS foi recebida pela 1ª Vara Criminal de Tramandaí, tornando-se ambas rés no processo judicial.  As primeiras audiências sobre o caso estão marcadas para os dias 18 e 19 deste mês, sendo que mais de vinte pessoas devem ser ouvidas pelo juiz.

Após 48 dias ininterruptos, o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) encerrou na tarde de 14 de setembro as buscas pelo corpo do menino na orla entre Mostardas e Torres. A varredura na beira-mar vinha sendo realizada pelo efetivo do 9º Batalhão de Bombeiros Militar. 


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