Rio Grande do Sul tem redução nos índices de criminalidade em janeiro

Rio Grande do Sul tem redução nos índices de criminalidade em janeiro

Dados foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública

Correio do Povo

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Todos os 22 índices divulgados mensalmente pela pasta, de homicídios e latrocínios aos crimes patrimoniais, além dos feminicídios e demais delitos de violência contra a mulher, encerraram janeiro em queda na comparação com o mesmo período do ano passado no Rio Grande do Sul. Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O governador Eduardo Leite e o vice-governador e secretário da SSP, delegado Ranolfo Vieira Júnior, junto com os comandos das instituições da pasta, estiveram em um ato público na rua Garibaldi, conhecida como Rua Coberta, no centro de Esteio.

“Divulgamos os indicadores não como propaganda, é por transparência, um instrumento fundamental de gestão pública. Quando identificamos alguma inflexão negativa, podemos agir imediatamente. Como os dados têm sido positivos, celebramos. O Estado está fazendo investimentos robustos, devemos chegar a quase R$ 1 bilhão na segurança pública. E isso vai dar, como está dando, outra capacidade de resposta aos nossos servidores da segurança", afirmou Eduardo Leite.

“Essas reduções que divulgamos hoje, junto do governador Eduardo Leite, consolidam a virada de página na segurança do nosso Estado. Resultado do trabalho integrado, da abnegação dos nossos operadores de segurança e dos investimentos históricos que estamos fazendo”, destacou por sua veza Ranolfo Vieira Júnior.

Conforme a SSP, a soma de homicídios, latrocínios e feminicídios, principais indicadores que compõem o conjunto tecnicamente conhecimento como crimes violentos letais intencionais bateu novo recorde de redução. A queda foi de 13,6%, passando de 169 em janeiro de 2021 para 146 no primeiro mês de 2022 – o menor total desde 2012, quando os três crimes passaram a ser contabilizados de forma individual.

Crime considerado em todo mundo como principal métrica da violência, os homicídios mantiveram em janeiro a tendência dos últimos anos. O número de vítimas passou de 152, no primeiro mês de 2021, para 135 agora em 2022, uma retração de 11,2%. Em Porto Alegre, os casos caíram de 25 para 20 vítimas no período, uma diminuição de 20%.

A redução mais expressiva entre os crimes contra a vida no RS ocorreu nos latrocínios. Enquanto o primeiro mês do ano passado havia registrado seis casos, houve apenas um em janeiro de 2022. Trata-se de uma queda de 83,3%.

Entre os fatores que contribuem para o resultado, as autoridades apontam a alta resolutividade desse tipo crime, com rápida identificação e prisão dos autores em mais de 80% dos casos, além do acompanhamento sistemático e detalhado de cada uma das ocorrências.

Contrariando a tendência generalizada de redução nos delitos contra a vida no ano passado, os feminicídios voltaram a cair no Estado no início de 2022. O indicador, que em dezembro já havia ficado em estabilidade, registrou retração de 9,1% em janeiro, com uma vítima a menos na comparação com o mesmo mês de 2021, passando de 11 para 10 vítimas. Os outros quatro indicadores de violência contra a mulher acompanhados pela SSP também tiveram redução.

Apesar da queda, o patamar ainda alto de feminicídios em janeiro mantém em alerta as forças de segurança com a intensificação de operações e cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão para recolher armas e reprimir agressores.

Além dos feminicídios, os indicadores de criminalidade da SSP registraram queda em janeiro os delitos de ameaça, lesão corporal, tentativa de feminicídio e estupros. Em relação aos crimes patrimoniais, todos bateram seus recordes de redução, chegando ao menor patamar para o período desde o início das séries históricas de contabilização.

Nos roubos de veículos, o número de ocorrências em janeiro baixou de 549 em 2021 para 390 agora em 2022, representando uma redução de 29%. Nos ataques a banco, somadas as ocorrências de roubos e furtos, a queda foi ainda mais expressiva. O Rio Grande do Sul teve apenas um caso no mês, o que representação retração de 75% em relação aos quatro registros no mesmo período do ano passado.


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