Secretário de Saúde do DF é preso em investigação de fraudes na compra de testes de Covid-19

Secretário de Saúde do DF é preso em investigação de fraudes na compra de testes de Covid-19

Também foram presas outras quatro pessoas ligadas à Secretaria de Saúde e uma ligada ao Laboratório Central

R7

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O secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, foi preso preventivamente na manhã desta terça-feira no apartamento onde mora, no âmbtiod e uma investigação que apura fraudes na compra de testes de detecção de Covid-19. Segundo o Ministério Público (MPDFT), responsável pela ação, alguns servidores estariam se organizando para fraudar licitações e comprar testes de imunoglobulinas, também conhecidas como anticorpos, dos tipos IgM e IgG de baixa qualidade e com preços superfaturados.

Os anticorpos IgM indicam infecção na fase ativa, pois eles são os primeiros anticorpos a aparecer quando vírus ou bactérias nocivas atacam o nosso corpo. Já os IgG, também são uma resposta a vírus e bactérias, porém atuam na fase mais tardia da infecção. Duas compras de testes são investigadas pelo MPDFT. Em uma delas, a fornecedora dos exames é uma empresa do ramo de brinquedos infantis. Ao todo, o prejuízo aos cofres públicos do DF gira em torno de R$ 18 milhões.

Não há prazo para a soltura até que haja nova definição nas investigações. Agentes cumprem outros sete mandados de prisão e 44 mandados de prisão em oito estados brasileiros: Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia. No DF, também foram presas outras quatro pessoas ligadas à Secretaria de Saúde e uma ligada ao Laboratório Central (Lacen). São eles: Eduardo Hage, subsecretário de Vigilância à Saúde; Eduardo Seara Machado Pojo do Rego, secretário-adjunto de Gestão em Saúde; Ramon Santana Lopes Azevedo, assessor especial da Secretaria de Saúde; Ricardo Tavares, ex-secretário-adjunto de Assistência à Saúde; e Jorge Antonio Chamon Junior, diretor do Lacen.

Primeira fase

A segunda fase da operação Falso Negativo dá continuidade às investigações, iniciadas há dois meses. No dia 2 de julho, foram cumpridos 81 mandados de busca e apreensão em mais de 20 cidades de todo o Brasil. A ação tem esse nome porque, como os testes seriam de baixa qualidade, é provável que eles apontem resultados positivos ou negativos de forma falsa.

As investigações são do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Procuradoria-Geral de Justiça do MPDFT. O Governo do Distrito Federal e a Secretaria de Saúde não haviam se manifestado até a última atualização desta reportagem.

* Com informações do jornal de Brasília


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