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"Senti o chão vibrar com bombas", diz moradora de Araçatuba

Ação criminosa deixou ao menos três mortos e cinco feridos na manhã desta segunda-feira

Reféns foram amarrados em veículos que criminosos usaram para fuga | Foto: TV Record / Reprodução

Os ataques às instituições bancárias de Araçatuba, no interior de São Paulo, na manhã desta segunda-feira (30), aterrorizaram os moradores da cidade que ouviram a troca de tiros por cerca de duas horas. Júlia Pinheiro, de 18 anos, afirmou que sentiu os tremores. "Senti o chão vibrar e fiquei toda arrepiada", disse a jovem à reportagem do R7. 

Julia afirma que assistir a ação foi aterrorizante. Segundo ela, que mora a oito minutos do centro da cidade, onde ocorreu a ação criminosa, quando as bombas estouraram foi possível sentir o impacto no solo. 

"O que mais chocou foi a forma deles lidarem com os reféns", relatou a menina, que passou a madrugada desta segunda-feira (30) compartilhando em suas redes sociais as informações sobre o ataque em agências bancárias de Araçatuba, no interior de São Paulo.

"Eles mandaram os reféns tirarem a camisa e deitarem no carro para a própria proteção. Além disso, eles tinham bombas e fuzis que nem a própria polícia tem acesso", disse a jovem.

O ataque deixou ao menos três mortos e cinco feridos. Uma das vítimas, um ciclista de 25 anos, passou pelo local, foi atingido por um artefato explosivo e teve os dois pés amputados. Homens fortemente armados fizeram um escudo humano com reféns.

A prefeitura da cidade suspendeu todas as aulas e a vacinação que ocorria no centro. A Polícia Militar pediu à população que evitem sair às ruas do centro. No período da manhã, equipes do Gate trabalharam para desmontar artefos explosivos que restaram pelo local. 

A jovem disse, ainda, que após o roubo, o grupo fugiu e passou a três quarteirões de sua casa atirando. Júlia disse ainda que temia que alguém fosse atingido por bala perdida.

Explosivos, drone e escudo humano

Além das vítimas fatais e dos feridos, o ataque em Araçatuba fez reféns, queimou automóveis, destruiu agências bancárias locais e aterrorizou o município do interior paulista. Mais de 20 homens participaram da ação, se utilizando de dez veículos, que são periciados.

O secretário em exercício da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, disse que “ainda é cedo” para conectar o ataque dos criminosos a outras quadrilhas, e comentou que a reação da polícia foi rápida para conter o grupo.

"Fizemos uma força de reação rápida embora eles tenham tentado não deixar a polícia agir. Tivemos duas trocas de tiros, com um infrator morto, um ferido e um preso. Também houve cinco vítimas, sendo dois mortos na ação dos criminosos e três feridos”, afirmou Camilo.

Ao todo, mais de 350 agentes da polícia atuam na cidade, que agora está cercada em busca de mais criminosos. A operação conta com a atuação de quatro Baeps (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), Goe (Grupo de Operações Especiais), Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), da Polícia Civil e dois helicópteros Águia da Polícia Militar.

Com o objetivo de isolar a cidade, os bandidos incendiaram veículos em pontes de acesso, em uma praça do pedágio e também no centro do município. Por causa do espalhamento de explosivos pelas ruas, as autoridades recomendam aos moradores não saírem de casa e comunicarem à polícia sobre qualquer artefato estranho.

R7