Servidores da segurança pública protestam em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre

Servidores da segurança pública protestam em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre

Policiais civis e funcionários penitenciários se uniram pedindo reajuste salarial

Giullia Piaia

Servidores protestaram em frente à sede do governo gaúcho

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Servidores da área de segurança pública protestaram, na tarde desta terça-feira, em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre. Servidores penitenciários e civis se uniram na reivindicação de um reajuste salarial. 

Os trabalhadores penitenciários iniciaram a manifestação no Parque Farroupilha, com destino a sede do governo gaúcho. Já os policiais civis partiram do Palácio da Polícia, também em direção ao Piratini. No percurso, as centenas de servidores bloquearam completamente a avenida João Pessoa.

A principal reivindicação é para que o governo estabeleça uma linha de negociação com as categorias da área para reajuste salarial. “Nós estamos há oito anos sem reposição salarial. Servidores da área da segurança, assim como os da saúde, estiveram na linha de frente durante a pandemia. Então, nesse momento em que o governo está pensando em recomposição salarial, é mais do que justo que nos conceda um percentual diferenciado”, afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs), Saulo Felipe Basso dos Santos.

De acordo com o representante, a classe tem enfrentado diversas dificuldades. “A primeira é a falta de efetivo. Nós trabalhamos com um deficit de, aproximadamente, quatro mil servidores. Nós temos problemas de infraestrutura nas casas prisionais, além da falta de armamentos e coletes, que são fundamentais”, elencou. Santos lembrou da morte do agente penitenciário Clóvis Ronan que foi baleado durante a realização de uma escolta em Caxias do Sul. Para o presidente, fato que só ocorreu por que havia menos agentes que o necessário para a ação.

Policiais civis protestaram o superávit de R$ 2,55 bilhões do governo estadual sem reajuste para os servidores públicos. “Enquanto o Governo faz caixa, os policiais continuam arriscando suas vidas, mesmo com salários congelados”, alegou o presidente do Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm). A categoria não recebe reajuste há mais de três anos. Mesmo assim, conforme o sindicato, os índices de violência têm tido quedas históricas. “Chegou a hora da categoria responder ao governo. Não vamos mais aceitar a política do fazer mais com menos”, disse o dirigente, em nota.


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