Suspeito de lesar vítimas em R$ 400 mil com "golpe do cartão" é preso em ação da DP de Torres
Homem apontado como um dos maiores estelionatários em atuação no RS foi detido na Operação Scambio Di Carte

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Um suspeito de aplicar o chamado "golpe do cartão" foi preso em Gravataí, na Região Metropolitana. De acordo com a Polícia Civil, o homem de 42 anos lesava até R$ 400 mil por mês de vítimas ao longo do Estado. A ação ocorreu na noite de quarta-feira, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), mas foi divulgada nesta manhã.
O preso é considerado um dos maiores estelionatários em atuação no Rio Grande do Sul. Ele é morador de São Paulo, mas costuma ficar em solo gaúcho durante meses.
Há registros de golpes com o envolvimento dele em cidades do Litoral Norte, Porto Alegre, Santa Rosa, Eldorado do Sul, Santa Maria, Erechim, Cachoeira do Sul e Lajeado.
A captura do golpista aconteceu no âmbito da Operação Scambio Di Carte, deflagrada por meio da DP de Torres, sob a titularidade do delegado Marcos Vinicius Veloso.
Desde o final de novembro, o investigado teria feito ao menos seis vítimas no município. Porém, também ali, câmeras de monitoramento registraram a ação criminosa, o que possibilitou a identificação do suspeito.
"Ele mora em São Paulo, mas vem ao Rio Grande do Sul com frequência. A estadia dele se estende por três ou quatro meses, período em que aplica uma série de golpes”, afirmou o delegado-adjunto Éwerton Melo.
Entenda o golpe do cartão
O golpista atuava no entorno de agências bancárias. As vítimas favoritas dele eram os idosos.
Conforme o delegado Éwerton Melo, o suspeito abordava quem estivesse com dificuldade em sacar valores e oferecia ajuda.
Ocorre que, enquanto permanecia ao lado do caixa eletrônico para, supostamente, para prestar auxílio, o criminoso utilizava o tempo para memorizar as senhas bancárias da outra pessoa.
Ele então aguardava por um momento de distração, furtava o cartão de crédito da vítima e substituía o item por outro, inoperante.
”O golpista escolhia vítimas de mais idade, que em geral digitam em um ritmo mais devagar, para memorizar as senhas delas. Depois, de alguma forma, ele fazia a troca de cartões sem ser percebido”, explica o delegado Éwerton Melo.