Suspeitos de aplicar golpes com serviço de acompanhantes são presos em Caxias do Sul
Operação Anteros desarticulou esquema de garotas de programa comandado por detento na Serra gaúcha
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Três pessoas foram presas preventivamente, nesta sexta-feira, por suspeita de participação em um esquema envolvendo serviço de acompanhantes, em Caxias do Sul. De acordo com a Polícia Civil, garotas de programa utilizavam dados de clientes para obter valores além do estipulado. A maioria das vítimas eram servidores públicos, incluindo políticos da Serra gaúcha.
As diligências ocorreram no âmbito da Operação Anteros, sob o comando da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor). O objetivo da ação foi comprovar a prática de crimes como falsidade ideológica, utilização de documentos falsos, violação de sigilo funcional, fornecimento de dados sigilosos e negociação de espelhos de documentos de identificação oficiais.
Os encontros eram marcados através de um site, e de fato aconteciam, mas os valores extraídos dos clientes eram superiores ao estipulado na plataforma. Por exemplo, um servidor do Poder Legislativo havia combinado de pagar R$ 400 às garotas de programa, mas acabou sofrendo prejuízo de R$ 15 mil.
De acordo com o delegado Max Otto Ritter, que coordenou a investigação, ainda não está claro como os golpistas conseguiam fazer a transferência dos valores. Não é descartado que outros servidores públicos tenham atuado como comparsas no esquema.
"Estamos investigando se as acompanhantes transferiam as quantias de forma escondida. Talvez elas se aproveitassem da confiança dos clientes para acessar os celulares e enviar valores sem o consentimento deles”, afirmou o delegado Max Otto Ritter.
O líder da associação criminosa é um detento da Penitenciária Estadual de Caxias do Sul, unidade também conhecida como Apanhador. Ele foi alvo de busca e apreensão, e teve uma nova ordem de prisão preventiva decretada.
