Suspeitos pela morte de médica viram réus na Justiça
Quatro homens respondem por crimes de latrocínio e fraude processual
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• Carro roubado de médica é encontrado incendiado em Porto Alegre
O crime
De acordo com o MP, o crime ocorreu quando os denunciados retornavam do interior do Estado em um caminhão depois de encerrarem a venda de hortifrutigranjeiros. Na avenida Sertório, os quatro desembarcaram do veículo decididos a cometer um assalto.
Graziela estava ao volante, parada diante do semáforo fechado na esquina com a avenida Ceará. A irmã, Priscila, estava no banco traseiro com os cães da família. Um dos homens tomou a dianteira e se aproximou do carro das vítimas, seguido por outros dois, que davam cobertura. O homem bateu no vidro com a coronha da arma e tentou abrir a porta, que estava travada, e os três gritaram: “sai do carro, sai do carro”.
Em seguida, o homem desferiu um disparo na abertura da porta, o que deu acesso à vítima Graziela e sua irmã, Priscila, arrancando-as do interior do veículo. Ele atirou mais duas vezes contra Graziela na região abdominal. Graziela, depois, foi jogada pelos denunciados para o meio da pista, enquanto que Priscila foi empurrada para junto do meio-fio. Graziela só não foi atropelada pelo fluxo de veículos intenso da avenida, quando o sinal do semáforo abriu ao trânsito, porque a motorista do carro de trás atravessou o próprio veículo na via para proteger a vítima até a chegada do Samu.
A fuga
Conforme o MP, com o veículo, o celular e os documentos da vítima, os três tomaram o rumo do bairro Restinga, seguidos pelo quarto homem que estava no caminhão como “batedor” do carro roubado. Os quatro reuniram-se em um galpão na Vila Côco, na Restinga, em que ficam os caminhões do homem para o qual fazem as compras de hortifrutigranjeiros na Ceasa e a venda em cidades do interior. Naquela noite, entre 22h e 23h, três homens esconderam o carro roubado da vítima na garagem do terreno da casa de uma ex-namorada de um deles, onde ficaram tomando cerveja até irem embora numa Kombi.
Fraude processual
Segundo o MP, via rastreador do iPhone da vítima, a família apurou a localização do celular e, possivelmente, do carro. No dia seguinte, no galpão onde ficam os caminhões, os quatro denunciados confraternizavam em um churrasco quando policiais civis estiveram no local e os levaram até a delegacia para averiguações, liberando-os em seguida.
Temerosos, conforme o MP, os três homens retiraram o Citroen roubado da garagem e o levaram para um lugar "ermo" no Beco do Chapéu, onde o carro foi encharcado de gasolina e queimado. Um dos homens acabou ferido por queimaduras, o que suscitou, inclusive, atendimento médico. O incêndio é considerado fraude processual, já que altera provas do processo.