Três acusados pela morte de policial penal são condenados em Montenegro
Julgamento ocorreu quase 20 anos após o crime, quando agente foi morto durante resgate armado de presos
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Após mais de 14 horas de julgamento, o Tribunal do Júri da Comarca de Montenegro condenou três acusados de participação na emboscada que resultou na morte do policial penal Jair Fiorin, em janeiro de 2005. Os réus receberam pena de 32 anos e dois meses de prisão, em regime inicial fechado.
A sentença foi proferida pela juíza Débora de Souza Vissoni, após decisão do Conselho de Sentença. Os três foram responsabilizados por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e para garantir a execução e impunidade de outros crimes —, além de roubo e formação de quadrilha.
O julgamento contou com os promotores Caio Isola de Aro e Valério Cogo. A defesa dos réus foi conduzida pelos defensores públicos Gustavo Satt Corrêa e Carolina Zago Cervo, além da advogada Mariana Soares Pinto da Silva.
Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), no dia 16 de janeiro de 2005, nas proximidades da Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro, os réus, acompanhados de outros homens armados com fuzis, metralhadoras e pistolas, realizaram uma emboscada contra uma escolta da Polícia Penal. O grupo atacou uma viatura que levava dois presos ao hospital, após ambos simularem uma briga no interior da penitenciária.
Durante a ação, o policial penal Jair Fiorin foi atingido por disparos de arma de fogo. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital 12 dias depois, em 28 de janeiro. Os criminosos fugiram levando as armas dos agentes e um telefone celular.
Em homenagem à vítima, a penitenciária onde ocorreu a emboscada passou a se chamar Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro Jair Fiorin.
