Três pessoas são mortas a tiros em Gravataí

Três pessoas são mortas a tiros em Gravataí

Entre as vítimas do crime ocorrido no bairro São Geraldo está um adolescente de 14 anos

Correio do Povo

Três pessoas são mortas a tiros em Gravataí

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Um adolescente de 14 anos, um jovem de 19 e homem de 31 foram assassinados a tiros em Gravataí, na noite de domingo. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o crime, ocorrido na Rua América, na parada 74, por volta das 23h50min, esteja relacionado com o tráfico de drogas, problema que atinge a região. De acordo com o Comando de Policiamento Metropolitana, como as vítimas não têm antecedentes, é possível que elas tenham sido mortas por engano. 

Conforme testemunhas, o grupo teria pedido um lanche via por telentrega e esperava a chegada do serviço quando atiradores, em um carro prata, entraram na rua, perto das 23h30min. Os criminosos, então, desceram do veículo e efetuaram disparos na direção das vítimas, que estavam em frente a uma casa. Relatos apontam para mais de 40 tiros. Uma jovem de 25 anos, ficou ferida na perna, sendo socorrida.

Os mortos foram identificados como Cristiano Nascimento da Silva, 19 anos; Jair de Moraes Feijó, 31 anos, e Gustavo Costa Garcia, 14 anos. Já uma jovem, de 25 anos, ficou ferida na perna e foi socorrida.

O 17ºBPM foi acionado e compareceu no local. No momento em que chegou, as vítimas já estavam sem vida. Contudo, os policiais recolheram projeteis de fuzil calibre 5.56 e de pistola 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas. O tipo de arma usada no crime também indica que pode se tratar de uma execução vinculada ao tráfico.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Gravataí. Na manhã desta segunda-feira, o delegado Eduardo Limberger do Amaral confirmou que todas as vítimas não tinham antecedentes criminais. A possibilidade de terem sido mortas apenas por estarem no local não é descartada. “É uma região conflagrada pelo tráfico”, lembrou. “Nós mesmo já cumprimos mandados naquela área”, acrescentou. Sobre a jovem ferida, o delegado Eduardo Limberger do Amaral acredita que ela possa ter presenciado o crime e portanto é uma testemunha do que houve no local. “É uma peça chave da investigação. Já identificamos ela”, adiantou.

Ele observou que uma onda de execuções tinha ocorrido em 2017 no contexto então de uma guerra entre as facções criminosas ligadas ao narcotráfico, “disparando” o número de homicídios no município naquele período. “Em 2018 houve um arrefecimento e não verificamos essa disputa”, disse. “Esse ano estamos avaliando mas já começou bem intenso nessas ocorrências de homicídios”, avaliou o titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Gravataí.

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