Trio preso com explosivos teria atacados dois bancos na Capital

Trio preso com explosivos teria atacados dois bancos na Capital

Dois irmãos e o padrasto planejavam detonar outros caixas eletrônicos no Estado<br />

Karina Reif / Correio do Povo

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O três presos na manhã desta quinta-feira com explosivos no Morro da Cruz, em Porto Alegre, fazem parte da mesma família. Dois irmãos e o padrasto integravam um grupo responsável por pelo menos dois ataques a banco na Capital. Com a prisão, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) desarticulou a quadrilha que planejava detonar outros caixas eletrônicos no Estado.

Em uma das casas que serviu de esconderijo, havia 2 quilos de explosivos, duas pistolas, coletes à prova de balas, toucas ninjas e R$ 1,1 mil em dinheiro, além de munição. Outros dois integrantes do grupo foram localizados no bairro São José com simulacros de fuzil AK 47 e de outras armas. Como o porte desses objetos não é crime, será pedida a prisão preventiva de ambos por suspeita de integrarem o bando. Um deles é conhecido como Cabelo

O líder do grupo era um jovem que completou 18 anos no último sábado. Ele e o irmão, de 20 anos, são acusados de homicídios e, por influência do mais novo, o namorado da mãe de ambos teria entrado para o bando. Segundo o delegado de Roubos do Deic, Joel Wagner, o mais velho nasceu em Minas Gerais, depois a família se mudou para Santa Catarina, onde nasceu o mais novo. Naquele estado é que o então adolescente aprendeu a manejar explosivos.

A quantidade apreendida, conforme o próprio preso, seria suficiente para detonar, no mínimo, cinco terminais eletrônicos. Wagner afirma que essa quadrilha teria explodido tanto o Banrisul na avenida Carlos Gomes, em Porto Alegre, em 28 de dezembro, como o de Vila Nova do Sul, no dia 24 de novembro. Eles ainda teriam participado de uma ação no Banco do Brasil no município de Luiz Alves, em Santa Catarina. Outros dois participantes do grupo já haviam sido presos pelo Deic no final de janeiro, mas estão respondendo em liberdade. O delegado suspeita que ainda haja outro a solta.

Wagner deve investigar, com a ajuda de peritos, a procedência dos explosivos localizados. Segundo o delegado, o ataque ao banco em Porto Alegre foi inédito com o uso de explosivos. “É bastante curioso e ousado, porque em uma grande cidade há mais segurança”, disse. Antes de os suspeitos chegarem à Capital, em novembro, eles teriam feito uma série de roubos em estabelecimentos comerciais em Santa Catarina.

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