Ugeirm Sindicato critica lotação de delegacias com presos aguardando vagas nos presídios

Ugeirm Sindicato critica lotação de delegacias com presos aguardando vagas nos presídios

Levantamento da entidade apontou 51 detentos nesta situação

Correio do Povo

Sindicato teme riscos de rebelião, integridade física dos policiais e possibilidade de contágio pelo coronavírus

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A Ugeirm Sindicato, representativa dos policiais civis, criticou novamente na manhã desta terça-feira a presença de presos em delegacias aguardando vagas nos presídios. Um levantamento da entidade de classe apontou 51 detidos nesta situação. Em Porto Alegre, seis estavam na 2ª DPPA e um na DPPA do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa, no Palácio da Polícia. Na Região Metropolitana, a DPPA de Canoas abrigava 15 indivíduos. 

No Vale do Rio dos Sinos, a DPPA de São Leopoldo estava com dez presos e a DPPA de Novo Hamburgo tinha nove. Na DPPA de Taquara, a Ugeirm Sindicato contabilizou quatro detidos e na DPPA de Capão da Canoa encontravam-se dois presos. Já a Superintendência dos Serviços Penitenciária (Susepe) informou, após a avaliação da situação, que "o fluxo está dentro da normalidade".

O vice-presidente da entidade, Fábio Castro,condenou a permanência do problema e cobrou a promessa do atual do governo de acabar com a permanência de presos em delegacias. “A gente assiste todos os dias a situação se agravar apesar das decisões judiciais que determinam a retirada dos presos, uma delas com base no risco de contágio pelo coronavírus”, constatou. “Elas são simplesmente ignoradas”, observou.

Além do Executivo, o dirigente lembrou que os outros poderes, Judiciário e Legislativo, não fazem “um esforço muito grande para concretizar a retirada dos presos das delegacias”. Para Fábio Castro, o temor é de que “a qualquer momento, além dos riscos de rebelião e integridade física dos servidores da Polícia Civil, ocorra a possibilidade de contágio pelo coronavírus, causando um surto nestes locais”. Na avaliação do sindicalista, o momento é grave. “Estamos preocupados que a situação se eternize”, desabafou.


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