Valor de arsenal apreendido em Santa Cruz do Sul pode chegar a R$ 3 milhões

Valor de arsenal apreendido em Santa Cruz do Sul pode chegar a R$ 3 milhões

Facção tem planos de assumir controle do narcotráfico no Vale do Rio Pardo e no Vale do Taquari

Correio do Povo

Valor de arsenal apreendido em Santa Cruz do Sul pode chegar a R$ 3 milhões

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A ação da Polícia Civil, que apreendeu nesta sexta-feira 15 fuzis e 21 pistolas, foi um duro golpe na facção criminosa Os Manos. A apreensão mobilizou anges da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo. Além do armamento, milhares de cartuchos de munição de calibres diversos e e dezenas de carregadores foram encontrados. O chefe da Polícia Civil, delegado Emerson Wendt, afirmou que trata-se da maior apreensão de fuzis da história do Rio Grande do Sul e a maior em armamento no ano de 2017. O valor do arsenal pode chegar a R$ 3 milhões.

De acordo com o titular da Defrec, delegado Marcelo Chiara Teixeira, os fuzis são de fabricação norte-americana, russa e romena, enquanto as pistolas têm origem na Áustria e nos Estados Unidos. Os policiais civis se surpreenderam ao descobrir que um dos fuzis era de uso pessoal do líder dos Manos, conhecido como Chapolin, que cumpre pena na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

O criminoso, que comanda o braço da facção na região de Santa Cruz do Sul, é especialista em operar com tráfico de drogas e armas. Chapolin possuiria contatos na fronteira do Paraná com Paraguai, além conhecer barões da droga. A arma dele, de calibre 762, possui coronha retrátil e uma faixa vermelha. 

Operação descobre guardião de arsenal

A operação da Defrec ocorreu na rua Samuel Pinto Cortês, no bairro Avenida. Titular da 16ª Delegacia de Polícia Regional, o delegado Luciano Menezes revelou que o arsenal era guardado em um sobrado, de dois nadares, de um universitário de classe média, de 26 anos, natural de Cachoeira do Sul e aluno da Faculdade de Engenharia Civil na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que fica nas proximidades. “Ele recebia cerca de R$ 10 mil por mês”, observou, referindo-se à tarefa de armazenagem em sua moradia para a facção. A organização criminosa é sediada no Vale dos Sinos, um dos destinos prováveis de parte do armamento e munição para potencializar o poder de fogo do grupo. 

Série de ataques denuncia existência de armamento pesado 

Uma série de ataques com fuzis em Santa Cruz do Sul denunciou a possível existência do armamento na cidade. Os alvos foram casas de bicheiros e donos de caça-níqueis. “Tínhamos uma noção de que havia armamento pesado”, resumiu Teixeira. 

Teixeira disse ainda que o material será transferido para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Porto Alegre, por medida de segurança e também para a perícia do Departamento de Criminalística. As investigações sobre a presença da facção Os Manos começou após a descoberta de meia tonelada de cocaína em Candelária, em 2012. O delegado confirmou que o plano da organização criminosa é assumir o controle total do narcotráfico no Vale do Rio Pardo e Vale do Taquari. “Estão atuando nas duas regiões”, acrescentou. 

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