"É mito acreditar que alguém pode invalidar as urnas", diz presidente do TRE

"É mito acreditar que alguém pode invalidar as urnas", diz presidente do TRE

Jorge Luís Dall'Agnol também desmentiu a possibilidade de pré-programação de resultados

Correio do Povo

Presidente do TRE Jorge Luís Dall´Agnol concedeu entrevista à Rádio Guaíba

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Entre tantas notícias falsas disseminadas durante a campanha eleitoral, a ilegitimidade da urna eletrônica foi uma das que mais circulou. E todas elas – desde a falta de segurança do equipamento até a divulgação de que uma empresa venezuelana estaria entregando códigos da urna para outras instituições – foram desmentidas.

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“Desde o início da confecção (da urna), existem técnicos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que acompanham os serviços da empresa (contratada). É um mito eleitoral acreditar que alguém pode invalidar as urnas. O software também é feito pelo TSE. É preciso tirar da cabeça do eleitor que as urnas podem ser invalidadas”, defendeu nesta quinta-feira o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) Jorge Luís Dall'Agnol em entrevista à Rádio Guaíba.

Questionado sobre a pré-programação de resultados nas urnas eletrônicas, Dall’Agnol explicou que, caso o chip da urna fosse violado, teria que ser feito pelo próprio TSE. “Não tem como introduzir um outro programa”, garantiu. E disse ainda que, antes de iniciar a sessão eleitoral, um boletim é emitido de cada urna, para comprovar que o equipamento está zerado.

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As urnas eletrônicas foram implantadas no Brasil há 22 anos e desde então não há nenhum registro de violação ou comprovação de mau uso. Desde então, os equipamentos passam por constantes evoluções. Antes do sistema eletrônico, foram utilizadas estruturas de madeira, metal e lona, que até hoje são usadas quando a urna da seção eleitoral e a de substituição apresentam defeito.

Segundo o TSE, a primeira iniciativa para a informatização das eleições brasileiras se deu com a consolidação do cadastro único e automatizado de eleitores, entre 1985 e 1986. No processo eleitoral de 1994, o processamento eletrônico do resultado do pleito foi utilizado pela primeira vez. Mas foi dois anos depois, nas eleições municipais, que os cidadãos conheceram a novidade. À época, 32 milhões de pessoas, um terço do eleitorado até então, votaram em mais de 70 urnas eletrônicas.

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