“A LDO é totalmente realista”, diz Busatto sobre déficit de R$ 700 milhões
Projeto foi encaminhado na segunda-feira à Câmara de Vereadores
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“Esse é o retrato atual das finanças do município. A LDO é totalmente realista, considera todas as despesas que ainda temos contratadas e as receitas previstas. Não incluímos nenhuma receita extraordinária para esconder o déficit das contas. Ele já existia em 2016 e 2015, mas foi sendo resolvido com medidas paliativas que não melhoraram as finanças do município”, afirmou o secretário em entrevista à Rádio Guaíba nesta terça-feira.
Busatto completou ainda dizendo que o projeto serve para que a sociedade compreenda a situação financeira da prefeitura e o “tamanho do desafio” do Executivo. “Simplesmente é um retrato atual, não uma peça política para mostrar uma realidade que não existe e com um investimento que não acontecia”, acrescentou.
Questionado sobre a expectativa do início do governo, em que afirmava que o município iria encerrar o ano com a “conta zerada”, Busatto disse que o Executivo tem “muitas medidas em análise na Câmara, como a que tira reajustes automáticos dos servidores, modifica a planta de valores do IPTU e o ISS”.
Agora, a expectativa do Executivo é chegar a dezembro de 2018 com as finanças em dia. “Se a gente conseguir implementar todas as medidas e não tivermos revés na economia brasileira”, advertiu.
IPTU mais caro e incentivo fiscal para empresas
Motivo da saída do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Gomes, a revisão de valores do IPTU, que aumentará o imposto de 59% dos imóveis, segue em discussão na Câmara de Vereadores. “O executivo entende que é mais justo, porque muitos imóveis passaram 26 anos pagando um valor abaixo do que deveriam”, afirmou Busatto.
Sobre o aumento de até 50% no valor do imposto, o que teria desagradado Gomes, Busatto disse que a medida não é “para o governo”, mas para “corrigir injustiças”. “O maior aumento será no governo seguinte”, completou.
Para aumentar a receita, o secretário afirmou que o Executivo pretende dar incentivos fiscais para atrair novas empresas, “para tapar os furos” das finanças.