Agressão a deputada em meio à campanha eleitoral leva Assembleia a suspender sessão

Agressão a deputada em meio à campanha eleitoral leva Assembleia a suspender sessão

Esse é o segundo cancelamento de votações durante o segundo turno em Porto Alegre

Samantha Klein / Rádio Guaíba

Deputada Juliana Brizola revelou que foi agredida durante um ato da campanha na Esquina Democrática

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A Assembleia Legislativa registrou nesta terça-feira a quarta suspensão consecutiva de sessão plenária por conta de solicitação de parlamentares ou de falta de quórum. Há seis matérias trancando a pauta, o que impede a votação dos projetos seguintes. Nesta terça-feira, a sessão foi encerrada porque somente 18 deputados registraram presença depois que Juliana Brizola (PDT) relatou um caso de agressão no Centro de Porto Alegre em meio à campanha de segundo turno.

Na tribuna, a candidata a vice-prefeita na chapa de Sebastião Melo (PMDB) informou que um homem, supostamente integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), a agrediu durante um ato da campanha na Esquina Democrática. O deputado Pedro Ruas (PSOL) pediu formalmente a suspensão da sessão plenária, ainda no início da tarde, para os colegas de Assembleia acompanharem Juliana em reunião com o secretário da Segurança da Capital.

Como não houve consenso entre as lideranças, parte dos deputados retirou o quórum e, por esse motivo, a sessão foi suspensa. A deputada prestou depoimento ao delegado Paulo César Jardim e registrou ocorrência policial na 1ª Delegacia da Capital.

Conforme relato de Juliana, quatro homens a cercaram e um deles a agarrou pelo braço. Ela ainda foi xingada pelo agressor. Juliana ainda contou que vem sendo ameaçada em redes sociais e sendo perseguida durante as manifestações políticas realizadas em Porto Alegre.

O Movimento Brasil Livre se manifestou através do Twitter negando relação entre as agressões e os integrantes do movimento, que participa da campanha do candidato Nelson Marchezan Jr. (PSDB). No tuite, os ativistas escrevem: “novamente, políticos de caráter flexível inventam histórias mirabolantes para acuar o MBL”.

Na semana passada, a sessão plenária já havia sido cancelada devido a questões envolvendo a campanha de segundo turno ao Paço Municipal. Na ocasião, os deputados decidiram postergar as votações devido à morte de Plínio Zalewski, ex-coordenador executivo da campanha de Sebastião Melo.

Entre os projetos que tinham votação prevista para hoje, destaque para o que permite a venda de imóveis públicos sem o aval da Assembleia. A proposição esteve na pauta nas últimas duas sessões plenárias. O texto já recebeu seis emendas, sendo que uma delas prevê a limitação da validade do projeto até o fim da gestão de José Ivo Sartori (PMDB).

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