Antes do recesso, Câmara analisa pedido de impeachment de Marchezan

Antes do recesso, Câmara analisa pedido de impeachment de Marchezan

Na sessão de hoje, devem ser discutidos ainda os projetos do IPTU e da previdência complementar

Correio do Povo

Última sessão antes do recesso parlamentar inicia às 14h de hoje

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Após uma semana marcada por tumultos, a Câmara de Vereadores encerra as atividades do primeiro semestre nesta segunda-feira, analisando o pedido de impeachment do prefeito Nelson Marchezan Júnior.

A pauta deve ser a primeira a ser discutida na sessão de hoje, prevista para começar às 14h, devido a uma decisão judicial. A liminar, concedida na última sexta, atende pedido do  Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), e obriga a análise do afastamento de Marchezan antes do recesso.

Após a discussão do impeachment, os vereadores devem retomar a votação dos projetos enviados em regime de urgência pelo prefeito, entre eles o que institui o regime de Previdência complementar e o que modifica o cálculo do IPTU.

Marchezan pode encerrar o primeiro semestre do ano com seus principais projetos negados pelo Legislativo e ainda com a abertura de um processo de impeachment. Após a sessão de hoje, a Câmara entre em recesso, que segue até o dia 31.

• Vereadores derrubam vetos de Marchezan da Lei Geral dos Táxis

Pedido de impeachment

A ação do impeachment foi impetrada pelo ex-colega de partido do prefeito e ex-candidato a deputado federal, Paulo Adir Ferreira, questionando repasse de R$ 48,7 milhões da prefeitura à Carris. Em nota oficial, a prefeitura defendeu a legalidade dos repasses financeiros à Carris. "O orçamento de 2017 foi de R$ 6,9 bilhões, o que significa que o chefe do Executivo tinha por lei a autorização para suplementos de até R$ 694 milhões ao longo do ano", afirma o texto, ao justificar a suplementação de "cerca de R$ 39 milhões" do total dos R$ 694 milhões à companhia. "Portanto, a prefeitura agiu rigorosamente dentro da lei no processo de transferência de créditos adicionais suplementares para atender às necessidades financeiras da Carris". enfatiza a nota.

Este é o segundo pedido de impeachment contra marchezan. Em 2017, a Câmara rejeitou o primeiro pedido de por 28 votos a sete. Apenas as bancadas do PT e do PSol se posicionaram pela continuidade do processo. A solicitação de afastamento havia sido protocolada por um grupo de taxistas sob alegação de que o município vinha abrindo mão de receitas ao não cobrar de motoristas de aplicativos como Cabify e Uber a taxa de gerenciamento operacional (TGO).


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