Ao lado de Lula, Rossetto diz que clima é de tristeza, firmeza e solidariedade

Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista Miguel Rossetto disse, em entrevista à Rádio Guaíba, que o clima na sede do Sindicado dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, é de tristeza, firmeza e solidariedade em frente a uma “injustiça que está sendo construída no País”.

Desde a decretação da prisão na tarde de quinta-feira pelo juiz federal Sergio Moro, o ex-presidente está rodeado de aliados que acreditam em alguma iniciativa na Justiça para evitar a prisão. Segundo Rosseto, diversas autoridades, ex-presidente e presidentes de países da Europa, África, América Latina e dos Estados Unidos ligaram para Lula nesta sexta-feira para prestar apoio e demonstrar indignação com a situação.

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A expectativa é de que Lula se manifeste, por nota ou discurso no sindicato, por volta das 16h – apenas uma hora antes do prazo que o juiz Sergio Moro estipulou para que ele se entregue à Polícia Federal, em Curitiba. Ao jornal Folha de São Paulo, Lula confirmou que não irá à capital paranaense. Contudo, não teria definido ainda o próximo passo.

Segundo Rossetto, qualquer decisão de Lula – a de se entregar à PF em São Paulo (possibilidade que surgiu após definir não ir a Curitiba) ou a de esperar que os policiais o prendam em sua casa ou na sede do Sindicato dos Metalúrgicos – será acompanhada do “respeito à democracia e ao povo brasileiro”. “Com serenidade, Lula vai decidir o que fazer com base nos valores que tem e com respeito à democracia e a paixão enorme pelo povo brasileiro”, ressaltou Rosseto.

Quando questionado pelos jornalistas Juremir Machado e Taline Opptiz sobre a manutenção da candidatura de Lula, Rosseto manteve o discurso do PT: Lula é o único candidato à presidência da República pelo partido. “Sustentaremos o direito dele de concorrer e também do povo brasileiro de escolher Lula, que não é candidato apenas do PT, mas de toda a sociedade”.