Após declaração do filho, Bolsonaro descarta intervenção militar na Venezuela

Após declaração do filho, Bolsonaro descarta intervenção militar na Venezuela

Eduardo Bolsonaro disse que "de alguma forma será necessário usar força" para que Nicolás Maduro deixe governo

AE

Bolsonaro descarta intervenção militar na Venezuela

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O presidente Jair Bolsonaro descartou hoje apoio a uma intervenção militar na Venezuela. "Tem gente divagando, tem gente sonhando. Da nossa parte, não existe essa possibilidade", declarou o presidente ao deixar o Palácio de La Moneda, sede do governo chileno, onde 11 países se reuniram para uma cúpula e oito se comprometeram com a criação do Prosul. 

Bolsonaro falou ainda que a "ditadura" na Venezuela se fortalece na "fraqueza de Nicolás Maduro" porque não é ele quem decide questões naquele país, mas alguns generais, narcotraficantes, milícias e cubanos. O Prosul, declarou Bolsonaro, foi idealizado porque os países que assinaram a declaração para a criação do organismo não querem que aconteça o mesmo que ocorreu na Venezuela em seus territórios. 

Eduardo Bolsonaro fala em intervenção 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse em entrevista ao jornal chileno La Tercera, que "de alguma forma será necessário usar a força" contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. "Ninguém quer uma guerra, a guerra é ruim, há muitas vidas perdidas, há consequências colaterais, mas Maduro não vai deixar o poder de forma pacífica. De alguma forma, será necessário usar a força, porque Maduro é um criminoso ", disse o filho do presidente Jair Bolsonaro. 

O deputado está em Santiago desde quinta-feira acompanhando a visita do pai ao Chile. Segundo o La Tercera, Eduardo circulou por Santiago acompanhado pela senadora Jacqueline van Rysselbergh, presidente da legenda de direita União Democrática Independente (UDI), conhecida pelas declarações polêmicas contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e feministas. 

Eduardo justificou uma possível ação militar contra a Venezuela com o argumento de que pessoas estão morrendo no país vizinho em função do governo Maduro e que é necessário impedir o surgimento de uma "nova Cuba". "O pior que pode acontecer é permitir que Maduro permaneça no poder, porque todos os dias as pessoas estão morrendo", disse o deputado ao jornal chileno. 

Recuo 

Mais tarde, em entrevista à imprensa brasileira, o deputado recuou, disse que a manchete do jornal chileno é exagerada e que não fez nada além de repetir a posição do presidente dos EUA, Donald Trump. "Militarmente está descartado. É que o Trump fala que todas as cartas estão sobre a mesa e todas as cartas são todas as cartas. Ninguém quer intervir militarmente, essa não é uma hipótese relevante e o Brasil não pensa nisso", disse Eduardo. "O presidente e os generais que estão tratando disso têm falado que não é uma opção", completou.


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