Apoiadores do Aliança Pelo Brasil discutem eleições municipais e formação da sigla

Apoiadores do Aliança Pelo Brasil discutem eleições municipais e formação da sigla

Ex-ministro do TSE Admar Gonzaga foi um dos palestrantes do evento em Porto Alegre

Luiz Sérgio Dibe

Apoiadores do novo partido participaram de reunião em Porto Alegre

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Apoiadores da formação do Aliança pelo Brasil reuniram-se neste sábado em Porto Alegre para debater questões relacionadas às eleições municipais e ao processo de formação da nova sigla idealizada pelo presidente Jair Bolsonaro. A atividade ocorreu na Assembleia Legislativa e contou com a presença de autoridades políticas, em parte ainda ligadas ao PSL, partido do qual o presidente desligou-se após uma série de desentendimentos com dirigentes nacionais cujos posicionamentos distanciaram-se ao longo do primeiro ano de exercício do governo.

Futuro secretário-geral do partido em processo de formação, Admar Gonzaga, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), era um dos palestrantes mais aguardados do evento. Ao pronunciar-se, orientou os apoiadores do Aliança a colher assinaturas de apoio à fundação da sigla entre os simpatizantes das causas lideradas pelo presidente Bolsonaro. Admar também transmitiu a determinação para que, aqueles que pretendem concorrer a cargos eletivos nas eleições de outubro, inscrevam-se no pleito por partidos que possuam afinidades com o campo da direita e, após a oficialização da nova sigla, analisem a possibilidade de migração.

Em sua fala breve aos ouvintes, Admar sintetizou as ideias que seriam transmitidas pelo próprio Jair Bolsonaro através de um vídeo preparado para exibição aos participantes do evento. A gravação não pôde ser exibida em decorrência de problemas técnicos ocorridos durante a atividade.

"Sábado de sol, praia lotada, verão, Gre-Nal acontecendo e nós aqui reunidos de forma voluntária, cada um com sua contribuição espontânea, utilizando os próprios recursos para chegarmos ao nosso maior objetivo que é fundar este novo partido, livre das influências e dos interesses que não representam a mudança que a eleição do presidente Bolsonaro passou a proporcionar ao Brasil. Então, vamos seguir em frente. Quem vai concorrer deve fazer isso por um partido identificado com as nossas bandeiras e, depois, todos serão bem vindos no Aliança", discursou o deputado federal Bibo Nunes (PSL), que atuou como um organizadores da atividade na Capital.

Presente entre as lideranças convidadas, a vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinhert, conclamou os apoiadores e futuros concorrentes à eleição de outubro a participar do esforço pela coleta de assinaturas para a formação do Aliança. "Precisamos colher mais assinaturas do que é exigido pela Justiça Eleitoral. Temos que dar uma demonstração de força e apoio ao presidente Bolsonaro, transmitindo uma mensagem de coragem, conservadorismo e patriotismo. Assim que o Aliança estiver pronto, a gente orienta sobre o que fazer. O mais importante é que devemos ficar unidos, porque os outros, os vermelhinhos, são muito unidos", argumentou.

Daniela foi aplaudida ao anunciar que já oficializou sua saída do PSL, a exemplo do presidente Bolsonaro. "Vamos continuar construindo aquilo que construímos até aqui. Já sou sem partido pois escolhi seguir os passos do nosso líder", concluiu.

Moro e Guedes como exemplos 

Os deputados estaduais Tenente Coronel Zucco (PSL) e Vilmar Lourenço (PSL) também foram ouvidos pelos participantes do ato de mobilização para a formação do partido Aliança pelo Brasil, neste sábado na Assembleia. "Vamos fortalecer os valores em que acreditamos. Família, amigos, trabalho, segurança, legítima defesa são questões que devem orientar nossa atuação como integrantes do processo democrático do país", apontou.

Zucco citou os ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes como exemplos de conduta e liderança que devem inspirar os seguidores de Jair Bolsonaro. "Faremos de tudo para que não haja aproveitadores e oportunistas entre nós. Muitos dos que se elegeram pela força do capitão, hoje fazem oposição e nos atacam. Vamos responder aos ataques com trabalho. Verdadeiros bolsonaristas são leais, trabalhadores e fiéis", definiu Zucco.

Seu colega na bancada estadual, deputado Vilmar Lourenço (PSL), também fez discurso em estímulo para que os postulantes a cargos eletivos busquem alternativas para concorrer nas eleições, diante da impossibilidade de participação pelo Aliança. "Vamos nos alojar em um dos partidos de ideologia de direita, que seja conservador nos costumes e liberal para os negócios. Nossa nova casa ainda está em fase embrionária. Por isso, devemos encontrar um espaço de participação em que possamos propagar valores que defendemos, como respeito aos pais, professores e instituições para restaurarmos a ordem e o progresso do Brasil", sustentou.


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