Appy confirma Imposto Seletivo em carros, com redutores de alíquota alinhados ao Mover

Appy confirma Imposto Seletivo em carros, com redutores de alíquota alinhados ao Mover

Regulamentação da reforma ocorre no mesmo momento em que o Executivo busca consolidar um novo regime automotivo, com destaque para o IPI verde

Estadão Conteúdo

"Há alíquota básica do Imposto Seletivo e uma série de redutores alinhados ao Mover", explicou Appy,

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O secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, confirmou há pouco que a proposta de regulamentação enviada ao Congresso prevê que o imposto seletivo para carros terá uma sistemática semelhante ao que o governo construiu no programa Mover, com o IPI Verde. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em março, o setor automotivo já temia ser incluído na lista do "imposto do pecado" uma vez que, com a reforma, o IPI deixará de existir a partir de 2027.

O caso das montadoras ganha contorno especial porque a regulamentação da reforma tributária ocorre no mesmo momento em que o Executivo busca consolidar um novo regime automotivo, com horizonte até 2028, em que o destaque é o IPI verde.

O Mover foi editado no fim do ano passado e prevê que o IPI dos veículos será diferenciado a partir de quatro critérios: fonte de energia usada na propulsão, consumo energético, potência do motor e reciclabilidade - o que ainda depende de regulamentação, que deverá sair até o final do mês. Na prática, isso fará com que carros mais poluentes tenham alíquotas de imposto maiores. A regulamentação do Mover, na parte relativa ao IPI Verde, ainda não foi publicada pelo governo.

"Há alíquota básica do Imposto Seletivo e uma série de redutores alinhados ao Mover", explicou Appy, destacando que a definição das alíquotas do imposto seletivo ficará para uma lei ordinária - e não estará no projeto de lei complementar enviado ao Congresso ontem.

A proposta diz que a alíquota do "imposto do pecado" sobre a aquisição de automóveis e veículos comerciais leves irá variar a partir de uma alíquota base, de acordo com os atributos de cada veículo.

Assim, serão considerados para fins da alíquota final do Imposto Seletivo os seguintes atributos para cada veículo: potência do veículo; eficiência energética; desempenho estrutural e tecnologias assistivas à direção; reciclabilidade de materiais; pegada de carbono; e densidade tecnológica.

"Portanto, a alíquota base de cada veículo poderá ser majorada ou decrescida de acordo com os critérios elencados acima", diz o texto - ou seja, a mesma sistemática prevista no IPI Verde.

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