Lira afirma ser imprescindível que Lula se envolva mais no recebimento de parlamentares

Lira afirma ser imprescindível que Lula se envolva mais no recebimento de parlamentares

Sobre a reforma da Previdência, presidente da câmara afirmou que é possível atender ao desejo do Ministério da Fazenda e aprovar a regulamentação ainda este ano

Estadão Conteúdo

Na avaliação de Lira, vetos do Planalto deram "muito choque" na relação com o Parlamento, o que, para ele, "foi um problema de articulação do governo"

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira que, 25, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se envolver mais no recebimento de parlamentares. "Quanto mais presidente se envolve no processo, mais ele sente a temperatura", defendeu em entrevista à GloboNews.

Na avaliação de Lira, vetos do Planalto deram "muito choque" na relação com o Parlamento, o que, para ele, "foi um problema de articulação do governo".

O presidente da Câmara destacou que muitas matérias aprovadas no Congresso, principalmente as mais econômicas, foram votadas sem o governo ter base no Parlamento.

Lira avaliou que a tendência política para os próximos anos, com a redução de partidos, é de que parlamentares ficarão mais vinculados ao que os partidos defendem.

"Há quem defenda, como eu defendo, o regime de semipresidencialismo. O presidencialismo de coalizão não funciona mais, mas temos que respeitar o modelo que cada governo escolhe", afirmou.

Reforma Tributária

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que é possível atender ao desejo do Ministério da Fazenda de aprovar a regulamentação ainda este ano nas duas Casas. "Na Câmara, a ideia é aprovar até o fim do recesso", disse ao destacar que serão pouco mais de 70 dias para a entrega dos textos ao Senado.

Lira disse, que pretende criar dois grupos de trabalho para a regulamentação da reforma tributária. Segundo o presidente da Câmara, os grupos devem ter de cinco a seis parlamentares, cada. "Precisamos dar mais participação e calendário para regulamentação da Tributária", disse. Já sobre a relatoria, Lira disse que deve ser definida entre hoje a amanhã.

O presidente da Câmara elogiou o ato do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de entregar pessoalmente o texto da regulamentação ao Congresso. "Só o fato de Haddad ter ido ontem entregar texto da Tributária já faz setores se movimentarem", disse.

Segurança Pública

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira que a segurança pública será um tema de muita relevância na agenda da Câmara neste ano. "Câmara está à disposição para fortalecer orçamento do Ministério da Justiça". Para Lira, entre os temas a serem perseguidos está o aperfeiçoamento de métodos de vigilância de fronteiras e presídios.

Caso Marielle

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não interferiu na avaliação do Congresso sobre a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão, preso suspeito de ser um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco. "Não pedi voto a nenhum parlamentar nem para soltar nem para prender", afirmou. Segundo o presidente da Câmara, não fosse a repercussão do caso Marielle, "dificilmente Brazão estaria preso". Lira afirmou que deve se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para "resolver o que pode avançar no Senado sobre prerrogativas parlamentares".

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