Assembleia transfere, pela quinta vez, votação das RPVs

Assembleia transfere, pela quinta vez, votação das RPVs

Como tramita em regime de urgência, matéria impede outras votações até que seja analisada

Rádio Guaíba

Como tramita em regime de urgência, matéria impede outras votações até que seja analisada

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A falta de quórum levou a Assembleia Legislativa (AL) gaúcha a adiar nesta terça-feira, pela quinta vez, a votação do Projeto de Lei (PL) 336/2015 do governo estadual, que baixa o teto das Requisições de Pequeno Valor (RPVs) no Rio Grande do Sul. Mais uma vez, a base aliada não entrou em consenso em torno do texto. Como tramita em regime de urgência, a matéria impede outras votações até que seja analisada.

O projeto das RPVs era o primeiro da pauta desta terça. O texto prevê que o teto, atualemente de 40 salários mínimos, caia para dez, a fim de que valores acima disso se transformem em precatórios – débitos do Estado sem prazo máximo para pagamento previsto em lei. Para as requisições de pequeno valor, o pagamento deve ser feito em até dois meses após o julgamento definitivo.

O governo entende que já houve flexibilidade no projeto, uma vez que a proposta inicial era reduzir o teto de 40 para sete salários mínimos. Também deixa claro que o projeto não vai ter impacto sobre precatórios e RPVs já julgados, valendo apenas para novas ações, a contar da sanção. Além da oposição de parte da base aliada, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também manifesta resistência e pressiona os parlamentares alertando para o risco de a fila de precatórios aumentar de forma substancial.

Saiba mais

Conforme a Secretaria da Fazenda, quase todos os estados brasileiros reduziram o teto para a expedição de RPVs. Alagoas e Piauí fixaram no limite mínimo da Constituição Federal, com base no Regime de Previdência (R$ 4.663,75). Em 2013, Santa Catarina reduziu o limite para dez salários mínimos, mesmo valor do Distrito Federal.

No Rio Grande do Sul, a previsão de gastos em RPVs em 2015 é de quase R$ 900 milhões, mais que o dobro do que gasta São Paulo. O desembolso com precatórios e RPVs atingiu cerca de 4,5% da Receita Corrente Líquida em 2014, o que representa mais do que a média anual de investimentos, no período de 2008 a 2014. Para os precatórios, é aplicado o percentual constitucional de 1,5% da Receita Corrente Líquida. Já para as RPVs não há limitação em relação à capacidade de pagamento.

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