Auxílio para vulneráveis segue no papel

Auxílio para vulneráveis segue no papel

Câmara de Vereadores rejeitou projeto que previa auxílio emergencial de prestação continuada para creches municipais

Jessica Hübler

Creches municipais estão fechadas por causa da pandemia do coronavírus em Porto Alegre

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Para tentar amenizar o sofrimento das milhares de famílias que estão precisando de apoio, principalmente na alimentação, o vereador Alvoni Medina (REP) protocolou uma emenda ao projeto que previa um auxílio emergencial de prestação continuada para as creches municipais. A emenda foi rejeitada pelos vereadores na sessão virtual do dia 27 de abril. 

Conforme a emenda do vereador Alvoni Medina, o valor destinado à alimentação, seria utilizado pelos diretores das instituições para aquisição de alimentos não perecíveis, que posteriormente seriam encaminhados às famílias de cada aluno matriculado, em iguais proporções.

O objetivo da proposta, conforme Alvoni, seria assegurar a continuidade da alimentação aos alunos matriculados nas instituições conveniadas com o município, “uma vez que muitas famílias estão enfrentando grave crise financeira devido à pandemia e suas implicações no emprego e na renda. Vale ressaltar que a alimentação na escola, muitas vezes, é a principal fonte de alimento de uma criança e a destinação do recurso para esse auxílio será de suma importância para manutenção da capacidade de subsistência dessas famílias”. Segundo Alvoni, a fome não espera.

“É muita burocracia”, lamentou, referindo-se a um cartão que foi anunciado pela Prefeitura, no mesmo dia em que o projeto foi rejeitado, que deverá ser entregue às famílias em vulnerabilidade. “Infelizmente a emenda não foi aprovada. Eu tô chamando de cartão da morte, depois que o pessoal morrer, vai chegar o cartão”, definiu.

Na segunda-feira, dia 11, faz duas semanas que a emenda foi rejeitada e até a noite dessa sexta-feira não havia nenhuma informação sobre o cartão que a Prefeitura deve encaminhar, ou sobre a entrega de cestas básicas que foram adquiridas pelo Executivo.

Cestas básicas

No dia 29 de abril, a Prefeitura anunciou que adquiriu mais de 112 mil cestas básicas para beneficiar famílias em vulnerabilidade, além de 112 mil kitis de higiene, no valor de R$ 8,3 milhões. No dia 1 de maio, a Prefeitura informou que fez mais um registro de preços, no dia 30 de abril, para compra de 10 mil cestas básicas, no valor de R$ 970 mil.

"O programa que vai beneficiar a parcela mais vulnerável da população será apresentado nos próximos dias pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior", foi informado pelo Executivo. A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) informou que a destinação das cestas básicas adquiridas pela Prefeitura ainda não foi divulgada e não há previsão para o anúncio, até o momento. Segundo a Fasc, a iniciativa "está em fase de formulação".´


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