Auxílio para vulneráveis segue no papel
Câmara de Vereadores rejeitou projeto que previa auxílio emergencial de prestação continuada para creches municipais
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Para tentar amenizar o sofrimento das milhares de famílias que estão precisando de apoio, principalmente na alimentação, o vereador Alvoni Medina (REP) protocolou uma emenda ao projeto que previa um auxílio emergencial de prestação continuada para as creches municipais. A emenda foi rejeitada pelos vereadores na sessão virtual do dia 27 de abril.
Conforme a emenda do vereador Alvoni Medina, o valor destinado à alimentação, seria utilizado pelos diretores das instituições para aquisição de alimentos não perecíveis, que posteriormente seriam encaminhados às famílias de cada aluno matriculado, em iguais proporções.
O objetivo da proposta, conforme Alvoni, seria assegurar a continuidade da alimentação aos alunos matriculados nas instituições conveniadas com o município, “uma vez que muitas famílias estão enfrentando grave crise financeira devido à pandemia e suas implicações no emprego e na renda. Vale ressaltar que a alimentação na escola, muitas vezes, é a principal fonte de alimento de uma criança e a destinação do recurso para esse auxílio será de suma importância para manutenção da capacidade de subsistência dessas famílias”. Segundo Alvoni, a fome não espera.
“É muita burocracia”, lamentou, referindo-se a um cartão que foi anunciado pela Prefeitura, no mesmo dia em que o projeto foi rejeitado, que deverá ser entregue às famílias em vulnerabilidade. “Infelizmente a emenda não foi aprovada. Eu tô chamando de cartão da morte, depois que o pessoal morrer, vai chegar o cartão”, definiu.
Na segunda-feira, dia 11, faz duas semanas que a emenda foi rejeitada e até a noite dessa sexta-feira não havia nenhuma informação sobre o cartão que a Prefeitura deve encaminhar, ou sobre a entrega de cestas básicas que foram adquiridas pelo Executivo.
Cestas básicas
No dia 29 de abril, a Prefeitura anunciou que adquiriu mais de 112 mil cestas básicas para beneficiar famílias em vulnerabilidade, além de 112 mil kitis de higiene, no valor de R$ 8,3 milhões. No dia 1 de maio, a Prefeitura informou que fez mais um registro de preços, no dia 30 de abril, para compra de 10 mil cestas básicas, no valor de R$ 970 mil.
"O programa que vai beneficiar a parcela mais vulnerável da população será apresentado nos próximos dias pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior", foi informado pelo Executivo. A Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) informou que a destinação das cestas básicas adquiridas pela Prefeitura ainda não foi divulgada e não há previsão para o anúncio, até o momento. Segundo a Fasc, a iniciativa "está em fase de formulação".´