Banco Central bloqueia R$ 864 mil de Delfim Netto e de suas empresas
Ex-ministro foi alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Buona Fortuna
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O juiz federal Sérgio Moro mandou bloquear R$ 4,4 milhões, valor equivalente a uma parte da suposta propina total de R$ 15 milhões que teria sido destinada a Delfim nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O bloqueio atingiu ainda contas do empresário Luiz Appolonio Neto, sobrinho de Delfim e também alvo da Buona Fortuna - e de suas empresas de "consultoria". O rastreamento do Banco Central achou R$ 102.551,83 em duas contas de Appolonio. Da LDM Administradora de Bens e Participações foram confiscados R$ 1.093,03. A defesa de Delfim havia entrado com um pedido de desbloqueio de três contas bancárias na segunda-feira, 12.
Os advogados Ricardo Tosto e Fernando Araneo relataram que Delfim "possui contas bancárias em mais de uma instituição financeira, sendo que teve bloqueados valores em todas as suas contas, em valor superior ao quanto determinado". A Procuradoria havia requerido o bloqueio total de R$ 15 milhões de Delfim, Appolonio e as "consultorias", valor "correspondente ao total de vantagens indevidas acordadas entre Antonio Palocci Filho (ex-ministro dos Governos Lula e Dilma) e as empresas integrantes do Consórcio Construtor Belo Monte".
"Em que pese o pedido formulado pelo Ministério Público Federal, resolvo limitar, por ora, o montante a ser constrito em relação a Antonio Delfim Netto, Luiz Appolonio Neto, e as empresas de ambos, a R$ 4.444.314,00 que teria sido o montante pago, valores brutos, em cognição sumária, às empresas de ambos pelas empreiteiras participantes do consórcio", afirmou o juiz, na ocasião.