Barroso diz que teste das urnas não comprovou risco às eleições

Barroso diz que teste das urnas não comprovou risco às eleições

Segundo o presidente do TSE, nenhum ataque conseguiu alterar informações do sistema de votação


R7

Barroso ressaltou que nenhuma das falhas detectadas deve gerar algum tipo de prejuízo às eleições do ano que vem

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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou nesta segunda-feira as conclusões sobre a sexta edição do TPS (Teste Público de Segurança) do sistema eletrônico de votação, cujo objetivo era descobrir possíveis vulnerabilidades na urna eletrônica a tempo de serem corrigidas para o próximo pleito. Segundo a Corte, cinco falhas foram detectadas. Em uma delas, peritos da Polícia Federal conseguiram acessar a rede do TSE, mas nenhum ataque chegou a oferecer riscos concretos ao sistema de votação.

"Eles conseguiram entrar na rede do TSE com esses ataques, mas não conseguem chegar no sistema de votação, ou seja é um ataque importante que nós temos que encontrar mecanismo de bloquear, mas não é grave. Só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor", afirmou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, em coletiva à imprensa.

Apesar do alerta, Barroso ressaltou que nenhuma das falhas detectadas deve gerar algum tipo de prejuízo às eleições do ano que vem.

"Ninguém conseguiu invadir o sistema e oferecer riscos para o resultado das eleições. Mais do que isso, nenhum ataque conseguiu afetar o software da urna, que é o programa operacional. Tampouco houve ataque bem sucedido ao que chamamos de aplicativo de desktop ou de geração de mídia, que é o programa [onde constam os dados de eleitores e candidatos]", afirmou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

A sexta edição do TPS teve duração de seis dias. Nesse período, 26 investigadoras e investigadores inscritos ocuparam as bancadas do TSE para colocar em prática ataques aos equipamentos e sistemas desenvolvidos para as Eleições Gerais de 2022.

Ao todo, 29 planos de ataques foram apresentados pelos grupos, mas apenas cinco deles foram concluídos com achados relevantes. Barroso disse que a conclusão do teste “é relevante, mas não é grave”. O ministro classificou o resultado como “altamente tranquilizador”, visto que nenhum dos grupos acessou o código-fonte das urnas eletrônicas ou o próprio equipamento.

“Só consideramos grave o que tem potencial de mexer no resultado. Nada se apresentou com esse potencial. Mas, evidentemente, ninguém deseja que haja risco de entrada na nossa rede", destacou o presidente do TSE. "A cada ano que passa, os ataques vão ficando mais sofisticados e nós usamos esses ataques para sofisticar nossos próprios mecanismos de defesa."


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