Biometria deve reduzir abstenção nas eleições de 2018

Biometria deve reduzir abstenção nas eleições de 2018

Última eleição para escolher presidente registrou maior nível de não votantes desde 1998

R7

De acordo com presidente do TRE-SP, a biometria também traz mais segurança nas eleições

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Em um cenário de desilusão da sociedade brasileira com os atuais políticos, o recadastramento biométrico deve impulsionar o número de eleitores que vão comparecer às urnas nas eleições deste ano. Isso porque, a biometria, além de permitir o cadastro único, eliminando fraudes e cadastros duplicados, também incentiva o eleitor a votar, conforme explica o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin.

O presidente afirma que “o ritual do recadastramento biométrico se transporta para o intelecto do eleitor. Tem uma solenidade especial, de ir ao cartório, de ter um título com uma marca dele. Isso rememoriza ao eleitor o dever que ele tem de comparecer às urnas”.

Outro fator é que o recadastramento também motivou pessoas quem tinham mudado de cidade há bastante, a fazerem a transferência do título. O último recadastramento nacional de eleitores foi sido feito em 1989 e, por isso, o cadastro do TSE não fornecia dados reais.

A preocupação em relação às abstenções é grande, já que na última eleição para escolher governadores, deputados, senadores e presidente, em 2014, foi o registrado o nível mais alto de eleitores que não compareceram às urnas desde 1998. De acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), 19,4% do eleitorado não foi votar (o que representa 27,7 milhões dos 142,8 milhões de eleitores do país à época).

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Eleições de 2016

Segundo dados do TSE, nas eleições municipais de 2016, dos mais de 39 milhões de eleitores que fizeram o recadastramento biométrico em 1.541 municípios do país, aproximadamente 35 milhões votaram, representando um índice de abstenção de 11,85%.

Já nos locais onde os eleitores ainda não tinham feito a biometria ou que contavam com a biometria híbrida, o índice de abstenção foi maior, de 19,18%. São Paulo foi a capital com a maior número de abstenções, quase dois milhões de paulistanos não votaram.

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