Bolsonaro admite mudar idade mínima de mulheres para 60 anos

Bolsonaro admite mudar idade mínima de mulheres para 60 anos

Presidente disse em café da manhã com jornalistas que pode negociar pontos da reforma

R7

Perguntado sobre a base para aprovação no Congresso, Bolsonaro foi enfático e afirmou que não vai negociar cargos

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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, em café com jornalistas, que o Congresso pode reduzir a idade mínima para aposentadoria das mulheres de 62 para 60 anos. Bolsonaro admitiu que alguns pontos da reforma da Previdência devem ser modificados no Congresso, mas que a parte mais importante do projeto será aprovada pelos deputados e senadores.

Outro ponto polêmico citado por Bolsonaro que pode sofrer alteração na proposta original é o Benefício de Prestação Continuada. Hoje, recebem o benefício de um salário mínimo idosos a partir de 65 anos e deficientes em situação de pobreza. Pela proposta apresentada pela equipe econômica, os beneficiários receberiam R$ 400 a partir dos 60 anos e somente aos 70 passariam a receber o salário mínimo.

"Estes pontos devem ser revistos pelo Congresso Nacional mas, com certeza, a base do projeto enviado pela equipe do Paulo Guedes (Ministro da Economia) será aprovada. O Brasil precisa desta aprovação para não passar por uma crise como a que enfrentou a Grécia. Ninguém no Brasil quer isso".

Perguntado sobre a base para aprovação no Congresso, Bolsonaro foi enfático e afirmou que não vai negociar cargos nos ministérios, mas admitiu que os deputados precisam ser atendidos em algumas exigências e que fará isso sem afrontar o governo.

"A gente sabe o que deputado quer, vivi isso muitos anos. O deputado está na ponta junto ao eleitor e precisa ser atendido".


Área internacional

Na área internacional Bolsonaro voltou a citar os dois maiores aliados: os Estados Unidos e Israel. Mas disse que a mudança da Embaixada brasileira para Jerusalém está suspensa temporariamente. O governo mantém relações diplomáticas e, sobretudo, comerciais com os países árabes.

"A Tereza Cristina (ministra da Agricultura) ficou preocupada e dei uma freada nesta questão. A mudança não está descartada, afinal é uma proposta de campanha. Vamos aguardar para tomar a melhor decisão", disse o presidente.

Bolsonaro comemorou também a decisão da Venezuela em reabrir as fronteiras e admitiu conversar com o ditador Nicolás Maduro.

"Desde que ele aceite eleições livres e retome a democracia. Mas acho difícil disso acontecer".

Bolsonaro garantiu que o Brasil não tem nenhum plano para invadir a Venezuela e não acredita que o governo de Maduro ataque alvos na fronteira.

"Seria um grande erro dele", sentenciou


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