Bolsonaro homenageia médicos com vídeo com a "capitã cloroquina"

Bolsonaro homenageia médicos com vídeo com a "capitã cloroquina"

No vídeo, de 2014, Mayra Pinheiro agradece o reconhecimento. Assim como Bolsonaro, ela é defensora do tratamento precoce

R7

No vídeo, de 2014, Mayra Pinheiro agradece o reconhecimento

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O presidente da República, Jair Bolsonaro, postou, nesta segunda-feira, um vídeo antigo ao lado da secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, em comemoração ao Dia do Médico, comemorado em 18 de outubro. 

Apelidada de "capitã cloroquina", Mayra é uma das figuras do alto escalão do Ministério da Saúde que mais chamou a atenção durante a condução da pandemia. Assim como Bolsonaro, a secretária e médica de formação defendeu o uso da cloroquina e de outros medicamentos que compõem o "kit Covid" no tratamento de pessoas com Covid-19, mesmo sem eficácia compravada dos fármacos para este fim. 

No vídeo, gravado em 2014, Bolsonaro, então deputado federal, se referiu a Mayra como uma "representante da classe médica" e aproveita a oportunidade para saldar a categoria pelo dia. "O que seria de nós sem vocês naquele momento que todo mundo pede a Deus para não passar. Devemos primeiro a Deus a nossa vida e em segundo lugar a vocês", diz Bolsonaro. A médica agradece, então, o reconhecimento por parte do então parlamentar.

Mayra é alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e está na lista de indiciados pelo relatório final. Quando depôs à CPI, em 25 de maio, ela defendeu o tratamento precoce e o uso de medicamentos presentes no "kit Covid" para pacientes acometidos com a doença. A secretária também admitiu liderar a comitiva que, antes do colapso de saúde no Amazonas, em janeiro de 2021, difundiu o uso da cloroquina na região e tentou implementar o aplicativo TrateCov, desenvolvido pelo Ministério da Saúde. 

Nesta segunda, 18, ao falar sobre o desafio da medicina, Mayra falou sobre perseguição a médicos durante a pandemia. "Não sabíamos que teríamos, ao longo de uma pandemia, o desafio de enfrentar pessoas que não conhecem a arte médica, nada entendem de medicina, e passaram a questionar a nossa autonomia", completou. 


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