Bolsonaro não descarta apoio à ação militar dos EUA na Venezuela

Bolsonaro não descarta apoio à ação militar dos EUA na Venezuela

Presidente disse que certas informações não podem ser debatidas de forma pública

R7, AE e AFP

Apoio brasileiro à intervenção dos EUA na Venezuela não foi descartado

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A questão da Venezuela foi tema central do discurso dos presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro na coletiva concedida nos jardins da Casa Branca nesta terça-feira. Bolsonaro foi questionado se o Brasil poderia dar suporte a forças norte-americanas para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. Na resposta, afirmou que o tema é estratégico e tergiversou. "Tudo o que tratarmos aqui será honrado, mas infelizmente certas informações se porventura vierem à mesa, não podem ser debatidas de forma pública." No entanto, Bolsonaro voltou a ressaltar que o Brasil fará "o que for possível para solucionar o problema da ditadura venezuelana". O presidente da República frisou que o restabelecimento da democracia na Venezuela é uma prioridade para o Brasil e para os EUA.

Durante o seu pronunciamento, Trump declarou que não há um prazo específico para que haja uma solução na Venezuela, mas que "em algum ponto as coisas vão mudar". Assim como já tinha dito antes, o norte-americano disse que "todas as opções permanecem na mesa". Trump destacou que deverá impor sanções mais pesadas ao governo de Maduro. "Ainda não impusemos as sanções mais duras, mas podemos fazer isso a qualquer momento. Podemos ser muito mais duros se quisermos. Mas é realmente muito triste. Queremos cuidar das pessoas que estão passando fome e morrendo nas ruas." Sobre a atuação do Brasil diante da crise da Venezuela, Trump disse que "o Brasil tem sido um líder". Ele citou a ação do país na entrega de ajuda humanitária ao país vizinho. "Alimentamos milhares e milhares de venezuelanos famintos. Se as forças de Maduro saíssem do meio, teríamos um projeto humanitário de grande sucesso."

Socialismo

Ainda se referindo à Venezuela, Trump fez um pedido aos militares do país sul-americano: para que deixem de apoiar Nicolás Maduro. "Ele é apenas uma marionete cubana. Nos ajudem a fazer o povo ser livre novamente". O republicano aproveitou a ocasião para criticar Cuba e a Nicarágua. Segundo o norte-americano, não há mais espaço para o socialismo na América. "Chegou o ocaso do socialismo em nosso hemisfério."
 


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