Bolsonaro nega conversa com diretor da CIA sobre eleições

Bolsonaro nega conversa com diretor da CIA sobre eleições

Presidente teria sido aconselhado a não levantar dúvidas sobre o processo eleitoral; segundo ele, encontro não aconteceu

R7

Manifestação aconteceu em live nesta quinta-feira

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O presidente Jair Bolsonaro negou nesta quinta-feira (5) que tenha sido aconselhado pelo diretor da CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, William Burns, a parar de lançar dúvidas sobre o sistema de votação do Brasil. Segundo o chefe do Executivo, “seria extremamente deselegante o chefe de uma agência como a CIA ir a outro país, vir ao Brasil, para dar um recado”.

“É uma mentira, uma fake news. Por coincidência, talvez quisessem criar uma narrativa, plantada fora do Brasil quando as Forças Armadas, que foram convidadas a participar do processo eleitoral, se manifestem”, disse Bolsonaro, em live nas redes sociais. O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, reforçou a fala de Bolsonaro.

“Esta conversa sobre eleições jamais aconteceu. Não sei de onde se buscou essa narrativa. Isso nunca aconteceu. Não houve nenhuma troca de ideias sobre eleições nem nos Estados Unidos nem aqui. Essa é uma notícia falsa”, afirmou o ministro, acrescentando que o GSI conversou com a CIA apenas sobre projetos na área de inteligência.

Bolsonaro pede que TSE divulgue sugestões das Forças Armadas

Na transmissão, Bolsonaro reforçou o pedido feito pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Edson Fachin, para que a Corte divulgue as sugestões que foram apresentadas pelas Forças Armadas para contribuir com o aperfeiçoamento da segurança e da transparência das eleições.

“O [ex-presidente do TSE, ministro Luís Roberto] Barroso disse que as urnas são inexpugnáveis. Não são passíveis de fraude? Por que esconder esse documento, essa sugestão das Forças Armadas da população brasileira? O que a população quer é o direito dela. Eleições transparentes, onde os votos sejam voltados, efetivamente, para aquele candidato”, comentou.

“Ninguém está duvidando das eleições. Ninguém está atacando a democracia. Mas, se as urnas são inexpugnáveis, por que essa preocupação? As Forças Armadas não vão fazer o papel de chancelar apenas o processo eleitoral, participar como espectadores. Entendo que o atual presidente do TSE teria que fazer é agradecer e tomar providências, debater e discutir com equipe das Forças Armadas para que eleições não fossem realizadas sem qualquer suspeição de irregularidades”, acrescentou.


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