Bolsonaro nega recriação de ministérios, mas indica Onyx na Secretaria-Geral

Bolsonaro nega recriação de ministérios, mas indica Onyx na Secretaria-Geral

Na sexta-feira, presidente condicionou a recriação de ministérios a votos em candidatos apoiados pelo governo

AE

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O presidente da República Jair Bolsonaro negou a possibilidade de recriar ministérios e disse que ao comentar a possibilidade em uma cerimônia realizada ontem no Palácio do Planalto, estava apenas fazendo um elogio à competência dos secretários da Pesca, Esporte e Cultura. O chefe do Executivo, porém, indicou a possibilidade de mexer na disposição de seus quadros afirmando que o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, poderia assumir a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada interinamente por Pedro Nunes Marques. Bolsonaro falou após sair de uma concessionária, em Brasília, na manhã deste sábado, onde chegou guiando uma moto. 

"O Onyx? Volta. Conheço há muito tempo. Me ajudou muito. Acredito no trabalho dele. Chamo o Onyx de coringa, ele está pronto para ir para qualquer ministério", respondeu Bolsonaro ao ser questionado se Onyx voltaria ao Palácio do Planalto para assumir a Secretaria-Geral.

Na sexta-feira, Bolsonaro condicionou a recriação de ministérios a votos em candidatos apoiados pelo governo. Ele admitiu que poderia recriar os ministérios do Esporte, da Cultura e da Pesca, após a eleição que vai renovar a cúpula do Congresso, na próxima segunda-feira.

"Se tiver o clima no Parlamento, (porque) ao que tudo indica as duas pessoas que nós temos simpatia devem se eleger (Lira e Pacheco), não vamos ter mais uma pauta travada", disse o presidente na solenidade em que recebeu os novos atletas embaixadores dos Jogos Escolares Brasileiros, na qual poucos usavam máscara de proteção. "A gente pode levar muita coisa avante e quem sabe até (fazer) ressurgir ministérios."

Hoje, no entanto, Bolsonaro voltou atrás. "Não tem recriação do ministério. Eu escolhi os três secretários, que fazem um brilhante trabalho. O elogio que dei pra eles no trabalho que eles fazem eles mereciam ser ministros. Não é criar ministérios como deram a entender para negociar com quer que seja. Não é fácil criar ministério. É burocracia, um pouco mais de despesa. Não está previsto", disse.

Eleições do Congresso

Bolsonaro disse ainda acreditar na vitória de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. "Mas quem vai decidir é o parlamento. Respeitamos o parlamento. Sou simpático ao Arthur Lira e sou simpático também ao outro candidato ao senado, o Rodrigo Pacheco (DEM)", disse.

Ele afirmou que a partir da próxima semana, com a volta do Congresso, irá priorizar reformas a privatização da Eletrobras e Correios." A regularização fundiária é muito importante pra gente", disse.

Bolsonaro afirmou querer "um sucessor que atenda os interesses do Brasil e não deixe atrasar pautas de interesse", na Câmara.


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