Bolsonaro se reunirá com Queiroga para falar sobre proxalutamida contra Covid-19

Bolsonaro se reunirá com Queiroga para falar sobre proxalutamida contra Covid-19

Ao deixar hospital, presidente disse que autorizaria sua mãe a tomar medicamento geralmente usado no tratamento de cânceres e criticou Coronavac

AE

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Ao deixar o hospital Vila Nova Star, na manhã desta domingo, na zona sul de São Paulo, onde estava internado desde quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro voltou a falar da "baixa efetividade da Coronavac". Ele defendeu ainda o uso de medicamentos de eficácia ainda não comprovada para tentar combater a Covid-19, como a proxalutamida. "Minha mãe tem 94 anos. Se ficasse doente, eu autorizaria o tratamento dela com proxalutamida", disse a jornalistas, em referência a um medicamento geralmente usado no tratamento de cânceres, que têm relação com a testosterona, como o câncer de próstata.

Bolsonaro disse que vai chamar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar dessa questão já amanhã, segunda-feira. Para o presidente, é preciso testar alternativas livremente. Ele ressaltou que as vacinas foram aprovadas em caráter emergencial e voltou a falar, mais uma vez, sobre a baixa eficácia da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

Ao citar, na sua avaliação, a baixa efetividade da Coronavac, Bolsonaro voltou a criticar o governador de São Paulo, o tucano João Doria, um dos maiores defensores desse imunizante. "O Doria, mesmo vacinado, pegou de novo o coronavírus."

"Amanhã volto a despachar"

Bolsonaro afirmou que foi internado com 90% de possibilidade de ser submetido a uma operação. "Me submeti a uma dieta e espero em dez dias comer um churrasquinho de costela", disse. Bolsonaro reafirmou que foi internado porque começou a passar mal após uma cirurgia de implante dentário. "Alguns dias depois agravou a crise de soluço e parece que está pegando fogo no estômago", relatou. "A causa disso: era uma obstrução intestinal. Porque a aderência é comum para quem já sofreu cirurgias como eu sofri depois daquela facada do ex-psolista Adélio lá em Juiz de Fora", declarou.

"Talvez a viagem, talvez a sacolejada da ambulância, talvez o milagre de Deus, que eu acredito em Deus, o quadro se evoluiu de um dia para o outro e foi uma constante evolução, de modo que dois dias depois foi descartada a possibilidade de cirurgia", disse. Ele agradeceu a atenção e afirmou estar "ciente" da própria responsabilidade e de ter assumido um "País quase destruído".

 

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