Cármen Lúcia diz que "devaneios autoritários não descansam nem dão sossego"

Cármen Lúcia diz que "devaneios autoritários não descansam nem dão sossego"

Ministra do STF e TSE fez a declaração durante uma homenagem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pela atuação nas eleições

R7

Ministra Cármen Lúcia durante cerimônia de entrega da Ordem do Mérito do TSE, nesta terça

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta terça-feira (7) que o país viveu recentes ataques à democracia e que "os devaneios autoritários não descansam nem dão sossego".

"Os últimos tempos da história brasileira mostraram ataques à democracia, às liberdades individuais, sociais e coletivas, às eleições e ao Poder Judiciário. A Constituição do Brasil expressa o princípio da separação dos poderes, a harmonia entre os poderes", disse.

A declaração foi dada durante uma sessão do TSE em homenagem ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pela atuação durante as eleições de 2022. Na ocasião, o parlamentar recebeu a Ordem do Mérito do TSE.

A ministra lembrou que o país vive "tempos de ouvidos surdos, de línguas ferinas, de palavras vãs e banalizadas, mesmo as mais graves e agressivas".

"Conflitos de ideias viraram mentiras destiladas, falsidades divulgadas, dúvidas insufladas sem qualquer embasamento que não a mera vontade. A república não permite omissão, por isso, a política é ativa", disse.

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a democracia é inegociável e que Pacheco "realiza atividade político-partidária sem ódio", além de ser "um agregador" e "um homem público intransigente em relação aos pilares da democracia".

O presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que a democracia é inegociável e que Pacheco "realiza atividade político-partidária sem ódio", além de ser "um agregador" e "um homem público intransigente em relação aos pilares da democracia".

Turbulências graves

Pacheco, em seu discurso, disse que as turbulências políticas que o país passou foram graves e que a população brasileira reconheceu o resultado das urnas, entendendo como legítima a apuração realizada pelo TSE.

"As urnas eletrônicas têm sido motivo de orgulho nacional e trouxeram, nestes 27 anos de uso no Brasil, transparência, confiabilidade e velocidade na apuração do resultado do pleito", afirmou Pacheco.

"Elas se tornaram uma ferramenta poderosa contra vícios eleitorais muito frequentes na época do voto em papel. Representam, portanto, um verdadeiro marco democrático e civilizatório. A tentativa de desacreditá-las restou, felizmente, infrutífera", completou o presidente do Senado.


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