Câmara arquiva segundo pedido de impeachment de Marchezan

Câmara arquiva segundo pedido de impeachment de Marchezan

Oposição pede renovação da votação, que teve dois votos de diferença

Rádio Guaíba

Pedido de impeachment de Marchezan foi votado pela Câmara nesta quarta

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Com um placar de 18 votos a 16, o plenário da Câmara de Vereadores de Porto Alegre rejeitou, na tarde desta quarta-feira, pedido de admissibilidade de impeachment contra o prefeito Nelson Marchezan Jr (PSDB) – o segundo que o tucano enfrenta desde o início da gestão, em janeiro do ano passado. Com o resultado, a denúncia fica, na prática, arquivada.

Após o anúncio do resultado, porém, a oposição comunicou um pedido de renovação da votação, que vai ser analisado pela Presidência do Legislativo. A manobra é regimental, já que a diferença no placar ficou abaixo de três votos.

Autor da representação para afastar Marchezan, Paulo Adir Ferreira é ex-filiado ao PSDB e hoje integra o PPS. Segundo a denúncia, Marchezan cometeu supostas irregularidades ao repassar verbas para a Carris em valores acima dos autorizados pela Câmara na Lei Orçamentária.



A Fazenda sustenta que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei de Orçamento Anual (LOA) autorizaram o Executivo a remanejar até 10% do total da despesa autorizada por meio de decretos de suplementação. Como o orçamento de 2017 era de R$ 6,9 bilhões, o prefeito tinha, por lei, autorização para realocar até R$ 694 milhões ao longo do ano. A atual gestão garante que só 5,6% desse valor foram usados em aportes à Carris.

Devido à insistência de Ferreira em sustentar o pedido contra o prefeito, o PPS gaúcho confirmou que examina a expulsão dele dos quadros da sigla. De acordo com a legenda, o filiado não consultou a direção partidária, que é contrária à representação.

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