Câmara deve votar nesta segunda projeto que veda mudanças na Bíblia

Câmara deve votar nesta segunda projeto que veda mudanças na Bíblia

Texto quer impedir que o livro usado por religiões cristãs tenha trechos suprimidos, adicionados ou adaptados

R7

Texto foi aprovado com 312 votos a favor e 144 contra

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Câmara dos Deputados deve votar nesta segunda-feira um requerimento de urgência urgentíssima de um projeto de lei que visa impedir qualquer alteração aos textos dos livros da Bíblia, tida como sagrada por religiões cristãs, como protestantes e católicos. Caso o requerimento seja aprovado, o texto poderá tramitar com maior celeridade na Casa.

O projeto é do deputado pastor Sargento Isidório (Avante-BA) e "veda qualquer alteração, edição, supressão, adição ou adaptação aos textos dos livros da Bíblia Sagrada, mantendo a inviolabilidade de capítulos e versículos proibindo modificar o texto sagrado garantindo a pregação do seu conteúdo em todo territorio nacional".

O texto estava junto com outro projeto que proibia e criminalizava o uso da palavra “Bíblia” e da expressão “Bíblia Sagrada” fora do contexto "já consagrado há milênios pelas diversas religiões cristãs". O projeto foi retirado pelo próprio relator, o pastor Isidório, que disse reconhecer o equívoco na matéria. No pedido de retirada, ele ressaltou que a principal proposição de interesse dos cristãos era o projeto 4.606, de 2019, relativo à vedação de alterações aos textos da Bíblia. 

"Nós, cristãos, mais de 89% dos brasileiros, segundo o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], consideramos a Bíblia a palavra de Deus na Terra. O que torna qualquer alteração na redação deste livro um ato mais que absurdo, flagrantemente uma intolerância religiosa e, por que não dizer, uma grande ofensa para a maioria dos brasileiros, independente da sua religião. Por isso, nossa legítima preocupação em tombar esse texto sagrado através do Parlamento federal, garantindo uma vez por todas a inviolabilidade de sua redação e sua explanação pública no Brasil", defendeu o deputado na justificativa do projeto.

O pastor também alega que "não se pode permitir possibilidades para que nunca esse livro sagrado seja tocado em nenhum momento da nossa existência". O texto do projeto é curto, mas, além de vedar mudanças à Bíblia, diz que fica "garantida a pregação do seu conteúdo em todo o território nacional".


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