Câmara não aceitará nenhuma mudança na Reforma Trabalhista, diz Maia

Câmara não aceitará nenhuma mudança na Reforma Trabalhista, diz Maia

Para conquistar apoio dos parlamentares, governo prometeu ajustes no texto por meio de uma Medida Provisória (MP)

Agência Brasil

Maia afirmou que MP não será reconhecida pela Casa

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse nesta quarta-feira que os deputados não aceitarão mudanças na Reforma Trabalhista aprovada pelo Senado. Por meio do Twitter, o parlamentar afirmou que caso o presidente Michel Temer envie uma medida provisória sobre o assunto, a proposta "não será reconhecida" pela Câmara.

"A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa", escreveu Maia, às 0h08min desta quarta-feira. A mensagem foi publicada na rede social, mencionando uma reportagem sobre o assunto, cerca de duas horas após a votação.

No final de junho, em carta enviada aos senadores, o presidente Michel Temer se comprometeu a cumprir um acordo para vetar alguns trechos da matéria e enviar uma medida provisória regulamentando as lacunas deixadas pelos eventuais vetos. Caso uma MP seja editada por Temer, ela passa a vigorar com força de lei, mas precisa ser aprovada pelo Senado e pela Câmara.

Reforma modifica mais de 100 pontos da CLT


Aprovada no plenário do Senado após uma sessão tumultuada que durou o dia inteiro, a reforma trabalhista modifica mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), permitindo, dentre as mudanças, que o acordado entre patrões e empregados prevaleça sobre o legislado nas negociações trabalhistas.

Como já havia sido apreciada pelos deputados, o projeto agora segue para sanção presidencial. Para que a proposta não voltasse a ser analisada pela Câmara dos Deputados, os senadores governistas não aceitaram nenhuma mudança de mérito no texto e rejeitaram as emendas e destaques para que pontos específicos do projeto fossem alterados.

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