Câmara recebe projeto de reassentamento de famílias para construção de ponte no Guaíba

Câmara recebe projeto de reassentamento de famílias para construção de ponte no Guaíba

Dnit propõe empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida às famílias a serem removidas na região das Ilhas

Rádio Guaíba

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Tramita na Câmara Municipal de Porto Alegre um Projeto de Lei Complementar do Executivo instituindo o regime urbanístico para a região das ilhas da Capital, em função do processo de reassentamento das famílias das áreas que darão lugar à construção da segunda Ponte do Guaíba. De acordo com o Executivo, a remoção das famílias é fundamental para viabilizar a construção da passagem sobre o Guaíba, ampliando a interligação da região Metropolitana de Porto Alegre com a Metade Sul. A obra, orçada em R$ 900 milhões, vai ser custeada totalmente com recursos públicos, sem a construção de uma nova praça de pedágio. A previsão é de que a nova travessia seja concluída até 2016.

Estudos do Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) apresentaram pareceres favoráveis ao enquadramento das áreas no processo de reassentamento, de modo a permitir que as famílias sejam beneficiadas pelo programa habitacional Minha Casa Minha Vida. O estudo consignou que as áreas descritas no projeto da nova ponte já tiveram licença ambiental aprovada e estão aptas para receber esse tipo de empreendimento.

O prefeito José Fortunati salienta, no projeto, que o empreendimento vai ser destinado exclusivamente para a demanda habitacional prioritária, vinculada ao Programa Habitacional Minha Casa Minha Vida proposto pelo Dnit em função da obra da ponte. Ele observou, no entanto, que a ocupação da área só vai ser permitida mediante aterramento, de maneira que as edificações e acessos não sejam afetados pela elevação do nível de água do Delta do Jacuí, concluiu.

Saiba mais sobre a obra

O projeto prevê que, saindo da rua Dona Teodora, a cerca de um quilômetro da atual Ponte do Guaíba, a nova obra se estenda por 1,9 quilômetro, exigindo um complexo viário de oito quilômetros. Cada sentido da via vai ter duas pistas e uma faixa de segurança e acostamento, havendo a possibilidade de construção de uma terceira pista no futuro. A nova ponte vai contar, ainda, com um vão livre de 40 metros de altura. Este cálculo leva em conta a maior cheia já registrada no Guaíba.

A altura também vai proporcionar condições para que as embarcações transitem sem necessidade de paralisar o trânsito, como ocorre com a ponte atual. De acordo com o Movimento Ponte do Guaíba, atualmente o vão móvel precisa ser içado de quatro a cinco vezes por dia. A paralisação da rodovia por pelo menos 20 minutos a cada manobra, aliada a interdições da ponte por mau funcionamento do sistema de içamento, gera congestionamentos na região, limitando o escoamento da produção local.

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