Cachoeira só poderá ficar preso por até 15 anos, conforme procurador

Cachoeira só poderá ficar preso por até 15 anos, conforme procurador

MPF pediu a condenação do contraventor por 17 "eventos criminosos"

Agência Câmara

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O procurador Daniel Rezende Salgado, que respondeu pelos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo junto à promotora Léa Batista de Oliveira, disse que o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça a condenação de Carlinhos Cachoeira por 17 dos 22 “eventos criminosos” identificados durante as investigações feitas pela Polícia Federal (PF). A declaração foi feita durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga as atividades do contraventor, nesta terça-feira.

O MPF vai pedir que as penas se somem umas às outras. O procurador não quis revelar, porém, a pena total proposta para Cachoeira, mas disse que será elevada. Entretanto, ele lamentou que, na prática, não deverá ser superior a 15 anos. Em qualquer caso, a pena será reduzida para 30 anos, que é o máximo permitido pela legislação brasileira. Além disso, a legislação permite o indulto (perdão) de quem cumpriu uma pena durante 15 anos ininterruptos, exceto para tráfico de drogas e crimes hediondos.

O relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), falou que a comissão deveria trabalhar para que não haja indulto para o crime de corrupção. O procurador disse que não seria possível oferecer a delação premiada para Cachoeira, porque o recurso é usado apenas para membros secundários e não para o chefe de uma organização criminosa.

Conforme Salgado, o Estado não pode garantir para o delator uma vida normal. "O Estado não consegue dar estrutura para que o arrependido tenha uma vida normal. Essa é nossa experiência. Fico com receio de oferecer delação, porque não temos a estrutura de apoio ao arrependido", falou.

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