Candidatos à prefeitura de Porto Alegre trocam acusações em debate sobre reconstrução

Candidatos à prefeitura de Porto Alegre trocam acusações em debate sobre reconstrução

Melo, Rosário, Juliana e Camozzato discordaram sobre a gestão da crise climática durante encontro promovido por Correio do Povo, Rádio Guaíba e Amrigs, com apoio do Simers

Correio do Povo

Rosário, Melo, Juliana e Camozzato discordaram sobre a gestão da crise climática

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Tema central na campanha à prefeitura da Capital, a reconstrução de Porto Alegre também foi o foco de um dos blocos do debate entre os candidatos à prefeitura da Capital promovido pelo Correio do Povo, Rádio Guaíba e Amrigs, com apoio do Simers, nesta quarta-feira.

Apesar disso, a discussão rendeu troca de farpas, críticas e acusações entre Sebastião Melo (MDB), Maria do Rosário (PT), Juliana Brizola (PDT) e Felipe Camozzato (Novo). O debate foi mediado pela jornalista Taline Oppitz.

Iniciando o bloco, Rosário escolheu Melo, que acusou a candidata de discutir o tema com irresponsabilidade, relembrando que o sistema de proteção contra cheias é antigo e não é somente de gestão da prefeitura. Afirmou que está realizando obras no Sarandi e já escolheu as obras para fechar as comportas.

A candidata do PT, em compensação, afirmou que faltou gestão do prefeito com a falta de manutenção do sistema e não buscando que o governo federal e o estadual fizessem a sua parte. Prometeu “não perder um centavo” do governo federal, recriar o DEP (Departamento de Esgotos Pluviais), realizar um plano de contingência e realizar a limpeza regular dos bueiros. “O básico que não é feito.”

Rosário foi escolhida por Camozzato para questioná-lo, e, após as críticas do candidato a um governo com maior gestão do estado, perguntou se ele achava que o governo federal não deveria ter executado as medidas que fez após as enchentes, como o auxílio reconstrução de R$ 5 mil para os atingidos.

Em resposta, o postulante do Novo afirmou que isso “é sua função”, mas que até o momento ele mais anunciou do que fez. Disse que o resultado das cheias não se limitou a falta de manutenção, como Rosário afirma, faltando a construção de diques e o aumento deles, e reforçou que não criaria o DEP.

Na sua vez de perguntar, o candidato do Novo pediu que Juliana Brizola (PDT) falasse uma empresa pública que entregasse um bom serviço à população, cobrando boas tarifas, uma vez que a mesma “mudou de ideia” quanto a privatizações e parceirizações. Ela citou o Dmae e devolveu a pergunta, questionando como ele avaliava a gestão do atual prefeito no pós enchente.

O candidato do Novo não respondeu à pergunta, se limitando às críticas ao Dmae e sua “incapacidade” de entregar o serviço. “Pelo visto, tu não está preocupado com o pós-enchente”, afirmou a candidata em seu momento de fala, que aproveitou para tecer críticas a Melo. Ela repetiu, ainda, a mesma pergunta ao prefeito, em sua vez de perguntar.

Na resposta, Melo voltou citar as obras emergenciais, como a de casa de bombas, mas aproveitou para tecer críticas à candidata pedetista, afirmando que “a cada eleição, a Juliana está de um lado”, ao governo federal e ao PT.

Juliana não deixou a provocação de lado. “O candidato falta com a verdade sobre a minha história. Eu tenho um partido há 30 anos, o PDT”, afirmou, dizendo ainda que Melo afirma que “sempre foi do liberalismo”, mas, quando vereador, já “fez até homenagem a Che Guevara”. Retomando o tema das cheias, disse que dará atenção especial aos bairros Vila Farrapos, Humaitá e Sarandi, que foram “esquecidos” pela prefeitura”.

Em resposta, Melo voltou a chamar Juliana de “candidata copa do mundo”, afirmando que, durante as enchentes, esteve na cidade “fazendo escolhas difíceis” e atuando pela população.

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Veja o debate na íntegra:


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