Caso envolvendo mensagens é absolutamente diferente de áudios de Dilma, diz Moro

Caso envolvendo mensagens é absolutamente diferente de áudios de Dilma, diz Moro

Ministro defendeu que há ataque de grupo organizado contra o combate à corrupção

AE e Correio do Povo

oro ouve e responde a perguntas de senadores em comissão da CCJ

publicidade

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afastou a relação das mensagens supostamente trocadas com procuradores da Lava Jato com a divulgação de conversas autorizada por ele entre a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2016. Para ele, as duas situações são "absolutamente diferentes". No episódio envolvendo os áudios, afirmou, havia uma interceptação autorizada legalmente. "Pode-se até discutir a decisão, mas havia uma decisão legal de publicidade", declarou, afirmando também que haviam provas nos autos e que "nada ali foi liberado a conta-gotas e que daquele material poderia ser verificada a autenticidade a qualquer momento".

No caso relevado pelo The Intercept Brasil, declarou Moro, há ataque de um grupo organizado contra o combate à corrupção. "O material está sendo disponibilizado de maneira opaca e sem previsibilidade de verificação da autenticidade, algo completamente diferente. Foram hackeados, invadidos os telefones dos procuradores da República e sabe Deus mais quem”, defendeu.

Ele ainda comentou que "é um crime em andamento". "Na minha avaliação, não acharam nada que me incriminasse e tentaram invadir meu terminal há algumas semanas”, frisou o ministro, que ainda comentou que não é possível que ele entregue as conversas porque deixou de utilizar o Telegram em 2017. “Esse material não existe em nenhum lugar, porque depois de seis meses são apagados da nuvem”, frisou.

Pacote anticrime

Durante audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado para explicar as supostas mensagens trocadas com procuradores da Lava Jato, Sergio Moro defendeu o pacote anticrime encaminhado por ele ao Congresso. "Espero que toda essa confusão não impacte em relação a esse projeto", disse, ao defender o conjunto de propostas elaboradas por ele.

O ministro afirmou que os parlamentares podem alterar os projetos em discussão na Câmara e no Senado. Abuso Senadores usaram seu tempo de fala para defender a provação de um projeto de lei que pune o abuso de autoridade praticado por magistrados e membros do Ministério Público e criminaliza o caixa 2. A proposta deverá ser votada na CCJ e no plenário no próximo dia 26.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895