CCJ encaminha projeto pelo fim dos honorários de sucumbência

CCJ encaminha projeto pelo fim dos honorários de sucumbência

Comissão aprovou versão final do relatório que suspende os pagamentos

Flavia Bemfica

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou relatório final do deputado Elton Weber (PSB), favorável a que seja suspenso o pagamento de honorários de sucumbência

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou na manhã desta terça-feira, por nove votos a dois, o relatório final do deputado Elton Weber (PSB), favorável a que seja suspenso o pagamento de honorários de sucumbência aos procuradores estaduais ativos e inativos. Votaram com o relator o presidente da CCJ, Edson Brum (MDB), Sebastião Melo (MDB), Pepe Vargas (PT), Luiz Fernando Mainardi (PT), Frederico Antunes (PP), Ségio Turra (PP), Fran Somensi (Republicanos) e Luciano Zucco (PSL). Foram contrários Elizandro Sabino (PTB) e Luiz Henrique Viana (PSDB).

Na leitura do parecer, Weber assinalou a necessidade de que o Executivo encaminhe à Assembleia um projeto de lei de forma que os parlamentares decidam se e como poderiam ser pagos os honorários. O entendimento dos parlamentares é diverso daquele da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que decidiu dar início aos pagamentos por meio de resolução interna expedida em abril, sob o argumento de que uma combinação entre normas jurídicas – as leis estaduais 10.298/94 e 12.222/04, o decreto 54.454/18 e o Código de Processo Civil (CPC), e entendimentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) – sustentaria a resolução sem a necessidade de submetê-la ao crivo do Legislativo. Os procuradores começaram a receber os valores correspondentes à sucumbência nos contracheques de julho. Desde maio, o questionamento, que começou a tramitar na forma de um requerimento (RDI) de autoria de Edson Brum e mais 41 parlamentares, estava em tramitação na CCJ.

Após a leitura do relatório de Weber, o presidente do colegiado destacou que eventual pedido de vista era coletivo e válido por duas horas, acrescentando que tão logo o prazo expirasse, convocaria nova sessão, de forma a que a votação se concluísse nesta terça. Nenhum parlamentar se inscreveu para discutir o texto e ninguém pediu vista, o que possibilitou a votação durante a sessão ordinária da comissão. O  projeto de decreto legislativo (PDL) foi protocolado na tarde desta terça-feira. A  proposta para anular o ato que permitiu o pagamento aos procuradores deve ser avaliada pelo colégio de líderes na próxima terça-feira, dia 10. 


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