CCJ fecha acordo para agilizar tramitação de número recorde de propostas apresentadas

CCJ fecha acordo para agilizar tramitação de número recorde de propostas apresentadas

Por unanimidade, comissão cancelou reunião desta terça com objetivo de negociar distribuição prévia de 100 dos quase 400 projetos que estão no colegiado

Flavia Bemfica

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O alto número de projetos que passam a tramitar no início deste ano legislativo no Parlamento gaúcho gerou uma situação inédita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia: um recorde de propostas para distribuição ou apresentação de emendas. Na pauta da reunião desta terça-feira (07) constavam para distribuição no colegiado 285 projetos. Depois deles na fila, outros 97 cumprem prazo para emendas. As comissões de Constituição e Justiça são as mais importantes dos Legislativos, porque são as primeiras a emitir um parecer, analisando a constitucionalidade dos textos, e decidindo se estão ou não aptos à tramitação.

Para tentar agilizar os trabalhos, a CCJ acabou decidindo, por unanimidade, suspender a reunião desta terça, ao mesmo tempo em que seu presidente, o deputado Frederico Antunes (PP), liderou uma negociação na qual foi fechado uma espécie de acordo prévio. Por ele, ficou estabelecido que as primeiras 100 propostas aptas à distribuição, pela ordem, já deverão chegar à reunião da próxima semana praticamente distribuídas, ou seja, com os relatores já acordados entre as bancadas, de forma a poupar tempo em disputas e debates. “Em todos os meus anos de Assembleia, nunca tinha visto um número tão expressivo de projetos no início de um ano. É histórico, de fato”, confirma Frederico, que se elegeu para o primeiro mandato como deputado estadual em 1998 e está no sétimo consecutivo.

Na CCJ, o volume histórico de propostas é atribuído a uma combinação entre o grande número de projetos apresentados e o também alto índice de desarquivamentos ocorridos no início desta legislatura. Para além dos desarquivamentos, foram 250 apresentados. Apesar da soma ser impressionante, a tendência é de que alguns textos acabem com resolução rápida na própria comissão, em função de dois fatores principais: duplicidade de propostas e inconstitucionalidade.


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