CCJ remarca votação de cassação de Delcídio

CCJ remarca votação de cassação de Delcídio

Em situação nada nova, defesa do senador requisitou que ele fosse ouvido antes do parecer final

AE

CCJ remarca votação de cassação de Delcídio

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À semelhança do que aconteceu, por mais de um mês, no Conselho de Ética, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) cedeu aos pedidos de Delcídio Amaral (sem partido-MS), e vai dar nova chance para que ele se defenda pessoalmente, nesta segunda-feira, do seu processo de cassação.

• Delcídio falta a uma reunião do Conselho de Ética

O parecer que recomenda o fim do mandato do senador já foi aprovado no Conselho de Ética nessa terça-feira. Antes de seguir para o plenário, entretanto, é preciso que a constitucionalidade da questão seja examinada pela comissão. O relator na CCJ, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), também já deu parecer favorável pela cassação de Delcídio, mas é preciso que a decisão seja acolhida pelos membros da comissão em votação.

Ainda nessa quarta-feira, a defesa de Delcídio requisitou que ele fosse ouvido na CCJ antes da votação. A mesma situação aconteceu por um mês no Conselho de Ética, onde os senadores marcaram cinco audiências para receber Delcídio, mas ele faltou alegando problemas de saúde. O pedido da defesa para ouvir Delcídio nesta semana veio acompanhado de um pedido de licença de 100 dias.

Impeachment

Com a votação remarcada para a próxima segunda, ainda é possível manter o calendário previsto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que confirmou que a votação final pela cassação de Delcídio, no plenário da Casa, deve acontecer na próxima terça, um dia antes da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Foi a própria presidente quem pediu que a votação da cassação de Delcídio acontecesse antes da votação do impeachment. Caso Delcídio não seja cassado nesta semana, é muito possível que ele compareça a audiência do impeachment e vote pelo afastamento da presidente, como já declarou. Antes de sua prisão preventiva, Delcídio era o líder do governo Dilma Rousseff. Ao ser solto, entretanto, ele citou a presidente em sua delação premiada.

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