O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu, nesta terça-feira (4), que as negociações climáticas da ONU em Belém, no Pará, se traduzam em ações concretas, após anos de diálogo e poucas decisões, em entrevista à AFP e a outras agências de notícias internacionais.
'Nós queremos ver se é possível inaugurar uma nova fase da COP de implementação (...). Chega de discussão, agora tem que implementar o que nós já discutimos', disse Lula antes de uma cúpula com cerca de 50 chefes de Estado e de governo em Belém nesta quinta e sexta-feira.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, disse nesta segunda-feira (3), em São Paulo, que espera que a questão da adaptação climática seja uma “prioridade absoluta”.
“A negociação de clima em geral é dividida em mitigação, que é a redução das emissões, e a adaptação, que muitas pessoas achavam: ‘não vamos trabalhar em adaptação, porque senão é baixar os braços, é desistir de trabalhar com mitigação’. Não era o caso, mas agora menos ainda, porque com a aceleração da mudança do clima, você precisa de adaptação enormemente e a população do mundo está muito mais sensível aos esforços de adaptação porque atinge a vida das pessoas. Então, adaptação é uma prioridade absoluta dessa COP”, declarou.
“Eu espero que as pessoas lembrem essa COP como uma COP de adaptação”, ressaltou ele a jornalistas, após participar do evento COP 30 Business & Finance Fórum, promovido pela Bloomberg Philanthropies, na capital paulista.
No geral, a COP se utiliza de duas grandes estratégias para lidar com as mudanças climáticas: ações de mitigação, que se referem à redução das emissões de gases de efeito estufa para frear o aquecimento; e de adaptação, que seria uma forma de ajuste para lidar com os impactos já existentes ou inevitáveis da crise climática.