Collor prevê desafios na diplomacia brasileira

Collor prevê desafios na diplomacia brasileira

Ex-presidente criticou "discursos intempestivos" já feitos por Bolsonaro e Ernesto Araújo

Correio do Povo

Ex-presidente criticou "discursos intempestivos" já feitos por Bolsonaro e Ernesto Araújo

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Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o ex-presidente da República Fernando Collor (PTC) diz que, “reconhecida mundialmente pela sua eficiência”, a política externa brasileira “não pode sofrer nenhuma mudança radical” pelo governo Jair Bolsonaro. Numa crítica ao presidente eleito e ao futuro ministro das Relações Exteriores, o diplomata Ernesto Araújo, Collor diz que “a busca do consenso (com outros países) não se coaduna com declarações ferozes e desrespeitosas”.

A referência de Collor é, em parte, às declarações de Bolsonaro sobre Cuba, que levaram o país a se retirar do programa Mais Médicos. Entre outras, o presidente eleito disse, durante a campanha, que expulsaria os médicos cubanos do país.

Para Collor, a reação de Cuba “não poderia ser outra”: “É preciso administrar essa geografia de paixões e interesses. Foi no mínimo temerária a fala do presidente eleito agredindo Cuba, independentemente das questões internas do país. É necessário ter mais contenção de opiniões pessoais. Não pode ultrapassar a responsabilidade que um chefe de Estado obrigatoriamente deve ter no plano internacional.

Collor diz que Araújo enfrentará muitos desafios diplomáticos. “Espero que, com a escolha do novo chanceler, não tenhamos mais atitudes intempestivas como essas. Porque isso aumenta o nível da insegurança internacional”, avaliou.

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