Comissão do Senado aprova proposta que reduz guerra fiscal entre os estados

Comissão do Senado aprova proposta que reduz guerra fiscal entre os estados

Senador Eduardo Braga afirma que foi aberto espaço para avançar sobre as alíquotas de ICMS

AE

publicidade

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um substitutivo, feito pelo senador Luiz Henrique (PMDB/SC), do projeto de lei complementar que permite ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) legalizar incentivos fiscais concedidos pelos Estados sem autorização unânime do colegiado.

O projeto fica pronto para ir ao plenário e, a partir da aprovação dele, será permitido convalidar esses benefícios com voto de dois terços das unidades federadas e um terço das unidades federadas integrantes de cada uma das regiões do País.

Andrea Calabi, secretário de Fazenda de São Paulo, celebrou a aprovação na CAE. Segundo ele, o fim da necessidade de unanimidade é um passo importante e que vem de um longo processo, mas que vai trazer benefícios para as contas fiscais. "É um passo relevante e compatível com a grande maioria dos Estados", disse. "Pavimenta o caminho para a redução das alíquotas estaduais", afirmou.

O projeto, de relatoria do senador Luiz Henrique, concede remissão e anistia de créditos tributários referentes ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

O líder do governo no Senado, o senador Eduardo Braga (PMDB/AM), disse que esteve reunido com os interessados no tema na manhã desta terça-feira, e que "questões importantes" foram superadas.

"Ao votarmos isso, abrimos espaço para avançar sobre as alíquotas de ICMS e sobre os fundos de desenvolvimento e compensação", disse. "O que estamos fazendo aqui é dar sinalização importante para o Supremo, para a sociedade e para a segurança jurídica dos investimentos", afirmou Braga.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB/ES) fez ponderação semelhante. "A competição fiscal no nosso País se excedeu e banalizou esse instrumento fiscal e evoluiu para uma guerra que não traz benefícios", observou.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895