Comissão Mista de Orçamento pode votar amanhã relatório final da LDO

Comissão Mista de Orçamento pode votar amanhã relatório final da LDO

Texto inclui nova meta de superávit primário

Agência Brasil

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A Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional (CMO) começa a discutir nessa terça-feira - e pode até votar - o parecer final sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano que vem. O documento foi apresentado na noite da última sexta-feira à comissão pelo relator da proposta, senador Vital do Rego (PMDB-PB). O presidente da CMO, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), marcou a reunião para iniciar a discussão para às 14h30min desta terça-feira.

O senador Vital do Rego refez o seu texto para incluir a nova meta de superávit primário, anunciada pelo governo na semana passada. Pelo texto, o esforço fiscal do governo será de R$ 55,3 bilhões em 2015 (1% do Produto Interno Bruto), já descontados os gastos com obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estimados em R$ 28,7 bilhões no ano que vem.

O texto original da LDO, encaminhado ao Congresso em abril passado, previa superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de R$ 86 bilhões. Entretanto, há agora uma diferença de R$ 30,7 bilhões entre a proposta original e o relatório apresentado por Vital do Rego, devido à previsão de queda de arrecadação no ano que vem. Para o senador, a nova meta proposta pelo governo é mais realista e aproximada com as previsões para o ano que vem.

Vital do Rego incluiu no seu texto a execução obrigatória das emendas parlamentares (orçamento impositivo), mesmo o Congresso ainda não tendo concluído a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC), que institui o chamado orçamento impositivo para as emendas individuais de deputados e senadores.

O relator da LDO propôs que as emendas individuais sejam equivalentes a 1,2% da receita corrente líquida do ano anterior e sugere que metade dos recursos das emendas seja destinada a ações e serviços públicos de saúde. No Orçamento Geral da União deste ano, os 513 deputados e 81 senadores apresentaram um total de R$ 8,6 bilhões em emendas, o equivalente a cerca de R$ 14,4 milhões por parlamentar.

O texto final da LDO precisa ser discutido e votado pela CMO para depois ser levado à discussão e votação pelo plenário do Congresso Nacional. A LDO precisa ser aprovada até o próximo dia 22 para que deputados e senadores entrem em recesso parlamentar. Como a LDO não foi votada no primeiro semestre, os parlamentares não tiveram recesso oficial no meio do ano.

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