Conselho da ONU rejeita extensão de embargo de armas contra o Irã

Conselho da ONU rejeita extensão de embargo de armas contra o Irã

EUA classificaram situação de "fracasso indesculpável"

AFP

Mike Pompeo mostrou indignação norte-americana

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O Conselho de Segurança da ONU rejeitou nesta sexta-feira uma resolução dos Estados Unidos para estender o embargo sobre a venda de armas ao Irã que vence em outubro, anunciou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo. Ele chamou a decisão de um fracasso "indesculpável".

O projeto de Washington foi aprovado apenas por dois países, anunciou a Indonésia, atual presidente do Conselho. Rússia e China votaram contra e os outros onze membros restantes se abstiveram, incluindo França, Reino Unido e Alemanha, aliados europeus dos americanos.

Se o texto tivesse obtido nove votos favoráveis, Pequim e Moscou o teriam vetado, o que acabou não sendo necessário. "Os Estados Unidos nunca abandonarão nossos amigos na região que esperavam mais do Conselho de Segurança. Continuaremos trabalhando para garantir que o regime teocrático terrorista não fique livre para comprar e vender armas que ameaçam o coração da Europa, do Oriente Médio e além", declarou em comunicado.

De acordo com Pompeo, o Conselho de Segurança, que tem como membros permanentes as grandes potências do mundo (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França), "fracassou hoje no cumprimento de sua missão fundamental", isto é, "manter a paz e a segurança internacionais".

O Conselho de Segurança "rejeitou uma resolução sensata para prolongar um embargo sobre as armas no Irã imposto há 13 anos e abriu o caminho para que o principal Estado que apoia o terrorismo no mundo possa comprar e vendar armas convencionais sem restrições da ONU, pela primeira vez em mais de uma década", lamentou o secretário de Estado americano.

Para Pompeo, a decisão da ONU é contrária ao desejo de diversos países árabes e de Israel.


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