Coordenador da Lava Jato no Paraná diz que operação está "em pleno vapor"

Coordenador da Lava Jato no Paraná diz que operação está "em pleno vapor"

PF deflagrou hoje a 76ª fase, que tem como alvo propinas de empresas estrangeiras a funcionários da Petrobras em troca de favores

R7

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O procurador da República Alessandro Oliveira afirmou que a 76ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quarta-feira, prova que a operação está em "pleno vapor" e ainda tem muitos crimes para revelar ao país. atual coordenador da Operação no Paraná, ele explicou que o esquema que levou agentes da Polícia Federal (PF), Receita e Ministério Público Federal (MPF) às ruas nesta quarta-feira busca mais provas de desvios de mais de R$ 45 milhões aos cofres da Petrobras. São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em três locais no Rio de Janeiro.

"A Operação Lava Jato, apesar de ter descortinado um megaesquema de corrupção, ainda está em pleno vapor e ainda tem um amplo horizonte de práticas ilícitas a serem descobertas, a serem desveladas", afirmou o procurador em vídeo. Segundo as investigações, funcionários da estatal recebiam propinas de companhias estrangeiras em troca de garantir a elas o abastecimento de navios da Petrobras em portos no exterior.

Sequência de derrotas

A declaração do procurador não é à toa. Neste ano, a Lava Jato sofreu duras derrotas que colocaram em risco a continuidade da operação. Primeiramente, o procurador-geral da República, Augusto Aras, crítico dos procedimentos da Lava Jato, exigiu que os documentos de todas as investigações da força-tarefa fossem compartilhados com ele, o que irritou os procuradores, que acabaram ganhando no Supremo Tribunal Federal o direito de manterem os dados no Paraná.

Também em 2020, o ex-coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, deixou o cargo alegando problemas pessoais. Ele vinha sendo bastante pressionado por setores do próprio Judiciário e chegou a ser advertido pelo Conselho Nacional do Ministério Público por ter postado críticas a Renan Calheiros durante a eleição do Senado, em 2018.

A terceira derrota do ano ocorreu com a Lava Jato de São Paulo, na qual a equipe de procuradores pediu demissão após se sentir ameaçada pela atuação de uma das integrantes do grupo, ligada a Aras.

 

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